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19/ABR/2024

Novela Anastácia teve reviravolta para agradar o público e voltar aos eixos

A trama, adaptada da publicação A Toutinegra do Moinho, passava-se na França

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Ataide de Almeida Jr. Publicação:14/12/2014 07:45
Antes de escandalizar o país, Leila Diniz foi a mocinha da trama de Emiliano Queiroz (TV Globo/Reprodução)
Antes de escandalizar o país, Leila Diniz foi a mocinha da trama de Emiliano Queiroz

As primeiras produções da teledramaturgia brasileira contavam histórias baseadas em livros estrangeiros e que se passavam em outros países. Foi assim com Anastácia, a mulher sem destino, escrita por Emiliano Queiroz, sendo a quarta telenovela da TV Globo apresentada no horário das 20h. A trama, adaptada da publicação A Toutinegra do Moinho, passava-se na França. A protagonista, Anastácia, interpretada por Leila Diniz, quer fugir com Henri Monfort, mas ele está sendo perseguido pelos que lutam a favor da monarquia. Quando decidem que é chegada a hora de partir, Henri é preso, obrigando a mocinha a seguir sozinha.

Claro que a vida da protagonista não seria nada fácil. No meio da fuga, ela é presa em um navio e separada da filha recém-nascida, Henriette. A pequena é criada por um casal de camponeses que também adota outro bebê, filho de Blanche e do Marquês de Serval, Roger, em uma trama paralela. Dessa forma, o folhetim segue numa eterna busca de pais por filhos e amores impossíveis.

No entanto, a história começou a se enrolar muito e a perder audiência. O folhetim já tinha mais de 100 personagens e surgiram várias tramas paralelas, confundindo ainda mais o espectador. Assim, na época, Gloria Magdan, que era responsável pelo núcleo de novelas da emissora, decidiu afastar Emiliano Queiroz e chamou para o lugar dele a novata Janete Clair.

Para colocar a história nos eixos, Janete se utilizou de um recurso um tanto quanto surreal: um terremoto, seguido de uma passagem de tempo de 20 anos. Dessa forma, a autora matou boa parte dos personagens e colocou como protagonistas Henriette, que passou a se chamar Rose, e Roger.

Anastácia, a mulher sem destino teve 125 capítulos e foi exibida em 1967. A novela seguinte, O homem proibido, teve a missão de aumentar a audiência que foi perdida pela trama de Emiliano Queiroz.

Abacaxi
Segundo o Almanaque da Telenovela Brasileira, de Nilson Xavier, quando Glória Magadan chamou Janete Clair para assumir a coautoria da novela, ela soltou a frase, nos corredores da emissora carioca: “Eu tenho um abacaxi para você”. Essa história virou lenda dentro da empresa e ainda é dita quando há algum problema grande para ser resolvido.

Elenco e direção
Antes de se exibir grávida e de biquíni — o que escandalizou as pessoas na época —, Leila Diniz foi a protagonista da novela. Ao lado dela, atuaram Aracy Cardoso, uma das precursoras da televisão brasileira, que estreou na novela A indomável, exibida na TV Excelsior. Além delas, o galã da época, Claudio Cavalcanti, entrou no folhetim após o terremoto. Na direção, estava Régis Cardoso, também um dos pioneiros da tevê e que dirigiu grandes sucessos da emissora, como O bem amado e Anjo mau.

Sacudida
Além de Anastácia, a mulher sem destino, a novela Torre de Babel, do autor Silvio de Abreu, exibida em 1998, precisou de um mexida para conquistar a audiência. Para quem não se lembra, houve a explosão do Tropical Towers, o shopping center da trama, que matou parte dos personagens, entre eles Agenor, interpretado por Juca de Oliveira; e o casal homossexual Rafaela e Leila, feito por Christiane Torloni e Sílvia Pfeifer, respectivamente. Vale recordar que Sandrinha (Adriana Esteves) foi a responsável por colocar o prédio abaixo.

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