Relembre aberturas que marcaram a história das novelas brasileiras
De 'O direito de nascer' a 'Amor e revolução' e 'O dono do mundo', uma boa vinheta une boa música e imagens que chamam a atenção

As novelas, as séries e os programas da televisão têm algo em comum: todos apresentam uma abertura. Seja com cenas realistas, seja feita completamente em computação gráfica, essa é a parte em que aparecem os créditos dos atores e produtores do programa. E para que elas funcionem — e fiquem para sempre na nossa memória —, é preciso a união de alguns elementos, mas, principalmente, a trilha sonora. Afinal, como esquecer da música Brasil, cantada por Gal Costa em Vale tudo, que combinava com imagens da realidade da época?
Foi só a partir os anos de 1970 que as produções passaram a ter algo parecido com uma abertura. Uma delas foi a da segunda versão de O direito de nascer. Apesar de simples — havia apenas uma espécie de moldura que mostrava imagens dos personagens e os nomes deles —, a música Sou mais um, na voz de Moacyr Franco, contava bem a história da novela e casava com as cenas.
Antes de a Globo mostrar belas aberturas em programas e novelas, a emissora apostava em aberturas simples, sem grandes elementos, apresentando apenas atores, diretores e produtores, entremeados por imagens dos artistas.
Os anos de 1990 marcaram várias aberturas de novelas. A começar por Pantanal, exibida na TV Manchete, que abusou de cenas gravadas na região homônima e da computação gráfica. Na peça, a atriz Nani Venâncio aparecia sendo transformada em onça, como na história de Juma Marruá. Ainda nessa época, Irene Ravache e Othon Bastos apareciam em cenas de época no começo de cada capítulo de Éramos seis, de 1994, no SBT, posando para uma fotografia. Na Globo destacaram-se O dono do mundo, na qual recriaram a cena de O grande ditador, de Charles Chaplin, e a popular Rainha da Sucata, embalada pela lambada de Sidney Magal.

Recentemente, o SBT surpreendeu com uma boa abertura de Amor e revolução, que mostrava cenas da época da ditadura, com censura aos músicos, desaparecimento de pessoas e revolta popular. Na Record, a mistura de filmagens na rua com mutantes deu o tom do realismo fantástico à trama de Mutantes — Caminhos do coração. Já na Globo, o “Oi, oi, oi” casou com as cenas da dança e virou febre nas redes sociais, um dos sucessos de Avenida Brasil.