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18/ABR/2025

Sucesso no cinema, o Gordo e o Magro eram figurinhas fáceis na tevê

Os dois tiveram mais de 72 curtas exibidos na telinha

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Ataide de Almeida Jr. Publicação:24/01/2016 07:00
O Gordo e o Magro faturaram vários prêmios e homenagens  (Stan Oliver/Reprodução)
O Gordo e o Magro faturaram vários prêmios e homenagens

O sucesso de uma das duplas mais queridas dos espectadores começou no cinema, mas encontrou um público bem maior quando chegou às telinhas. O Gordo e o Magro, ou Lauren e Hardy, na versão norte-americana, fizeram um caminho fácil para a televisão, pois os filmes eram, em sua maioria, curta-metragens, que poderiam ocupar qualquer espaço na programação.

O que levou os dois a cair no gosto do público, tanto no cinema quanto na televisão, foi a fórmula simples e ingênua utilizada no roteiro. O Gordo era o personagem certinho, bem-vestido, enquanto o Magro fazia as vezes de trapalhão e, geralmente, era quem metia os dois em confusão. As situações eram as mais comuns do dia a dia, como limpar a casa ou tocar algum tipo de instrumento, no entanto, sempre acabava em uma zona sem fim.

No papel do Gordo, estava Oliver Hardy, que começou no mundo do cinema em 1910. Mas não foi exatamente como ator. Ele era projetor, bilheteiro e, posteriormente, gerente de um cineteatro em Miledgeville, cidade onde morava. Foi em 1914 que Hardy conseguiu o primeiro papel em um filme, Outwitting dad. Um ano depois, ele já havia feito 50 curtas para o Lubin Studios.
 
 
Já Stan Laurel, que fazia o papel do Magro, começou a carreira com 16 anos de idade. Filho de um empresário do teatro, foi mais fácil para ele entrar na profissão, pois frequentemente era incluído nas peças produzidas pelo patriarca. No cinema, o primeiro papel veio em 1917, quando estreou em Nuts in may. A partir de então, Laurel passou a atuar em vários filmes, sem contrato fixo com nenhum grande estúdio.

Laurel e Hardy viraram uma dupla em 1927 no Hal Roach Studios, após atuarem juntos, por acaso, no ano anterior. A partir daí, eles se tornaram os astros mais lucrativos do estúdio, estrelando longas como Os filhos do deserto (1933), Dois caipiras ladinos (1937), e A ceia dos veteranos (1938) e os curtas Negócio de arromba (1929) e Liberdade e seus perigos (1929).
O sucesso na televisão e no cinema foi até a década de 1950, quando completaram 106 filmes juntos, sendo 40 curtas com som, 32 curtas mudos, 23 longas e 11 como convidados.

Prêmios
O Gordo e o Magro faturaram vários prêmios e homenagens ao longo dos anos que estiveram no ar. Laurel recebeu um Oscar pelo pioneirismo criativo no campo da comédia. Os dois também ganharam estrelas na calçada da fama de Los Angeles. Uma estátua de bronze dos dois foi colocada em Ulverston, Cumbria. No cinema, o filme A corrida do século foi feito em homenagem à dupla.

Mortes
Hardy foi o primeiro da dupla a morrer. Em 1955, ele teve um infarto, mesmo ano em que a dupla havia sido contratada para uma série de televisão. Um ano depois, ele sofreu um AVC, o que o deixou paralisado, sem poder falar. Em 1957, Hardy morreu, e Laurel não pôde ir ao enterro, pois estava em depressão. Já Laurel teve um ataque cardíaco aos 74 anos e foi enterrado em um cemitério de Los Angeles.

Casamentos
Segundo o site oficial da dupla, Laurel se casou quatro vezes. Do casamento com a atriz Lois Neilson, nasceu uma filha, Lois Jr, em 1927. A primeira esposa dele também foi a gerente de negócios e ajudava com todas as situações de contratos. A união mais curta foi com a cantora de ópera Illiana Shuvalova, que durou um ano. Já Hardy casou-se três vezes. O último enlace foi com Lucille Jones, uma garota que ele conheceu durante as filmagens de um dos longas.

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