Fernanda Torres ainda é capaz de nos surpreender. Embora a gente costume lembrar dela por conta de humorísticos como Os normais e Tapas & beijos, a atriz parte para a ignorância na pluralidade dos ofícios que desempenha. Não à toa, ela fez bonito na literatura com Fim e, como bem se sabe, não deixa por menos no teatro, onde mantém um trabalho impecável, vide o festejado espetáculo A casa dos budas ditosos, apenas para citar alguns exemplos.

Desta vez, sem deixar a ficção de lado, ela aparece como apresentadora no inédito programa Minha estupidez, que ocupa toda a semana no GNT, a partir de amanhã. O programa mescla entrevistas conduzidas pela própria Fernanda com esquetes dramatúrgicas que dialogam com o tema em pauta. Entre os entrevistados, nomes ilustres como do escritor João Ubaldo Ribeiro, justamente o autor de A casa dos budas ditosos, a ministra Cármem Lúcia e o tropicalista Caetano Veloso.

“Eu tinha uma vontade de fazer um programa sobre o Brasil, esse país estranho que, por um lado, ainda tem um sério problema de educação e, por outro lado, também conta com essas cabeças incríveis. Eu quis conversar com essas pessoas e descobrir como elas tinham se formado: onde tinham estudado, de que família vinham. Achei que era algo interessante. Minha estupidez nasce dessa vontade”, revela Fernanda, em entrevista ao Correio.

A atriz, e agora entrevistadora, espera quebrar esse paradigma de que “a alta cultura é necessariamente distante, chata e incapaz de entreter”. Por meio dos cinco episódios previstos, Fernandinha espera “aproximar a dita alta cultura do entretimento”.

GNT. A partir de amanhã até sexta-feira, sempre às 23h. Não recomendado para menores de 12 anos.