Eu vi destaca polêmicas sobre racismo e homofobia na televisão
Além de retomar a discussão sobre o caso entre o apresentador da Record e a cantora Ludmilla, a coluna fala da atriz Vera Holtz e do programa 'Prazer em receber'
Vinicius Nader
Publicação:22/01/2017 06:02Atualização: 20/01/2017 17:26

'Os racistas não querem aceitar, eu repito e digo: vai ter negro, sim, poderoso e bem-sucedido', Ludmilla em 'O sol nasce para todos'
Precisamos falar sobre Ludmilla
Abre o pano. Tião Bezerra, personagem de José Mayer na novela da Globo A lei do amor, descobre uma brincadeira na qual o filho fingiu ser gay para desafiar o pai. “Graças a Deus, moleque! Eu preferia morrer a ter um filho frutinha”, disse, ao perceber a brincadeira. Foi o primeiro — e até agora único — momento de ternura (se é que podemos chamar assim) de Tião com o adolescente. Desce o pano.
Abre o pano. Leôncio (Leopoldo Pacheco) desfila impropérios contra negros na reprise de A escrava Isaura, que está no ar na Record. Eles não podem fazer nada contra os desmandos dos senhores de engenho. Desce o pano.
Abre o pano. O apresentador de um programa dito jornalístico da Record chama a cantora Ludmilla de “macaca”. É... “macaca”. A dona do hit Hoje promete levar o caso para a Justiça e “ensinar certim” para o jornalista como é que se faz. Demitido, ele já foi.
Espero que, desta vez, o pano não desça. A televisão dá lição quando escala uma negra como a protagonista de Malhação ou quando exibe um beijo gay no horário nobre. Aprendam!
A dona da cena
Vera Holtz domina A lei do amor como a vilã Magnólia. Como um lobo em pele de cordeiro, ela encanta (quase) todos os personagens como uma carola, mas é capaz até de matar. Prato cheio para a atriz!
Sem prazer
Programas como o Decora e o Santa ajuda já mostraram que é bem-sucedida a fórmula do “aprenda e faça em casa”. Mas isso não quer dizer que qualquer coisa dá certo. Prazer em receber, com Lenny Niemeyer, não decolou, apesar da simpatia da apresentadora. Não dá nem vontade de de estar na festa com ela.