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26/DEZ/2024

Derek Cianfrance aposta em dramas familiares e profissionais em novo filme

O lugar onde tudo termina tem Ryan Gosling como um aventureiro que assume a responsabilidade de criar um filho recém-descoberto

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Ricardo Daehn Publicação:21/06/2013 06:00
Na trama, Luke (Gosling) é um aventureiro saído de um número de globo da morte circense (Paris Filmes/Divulgação)
Na trama, Luke (Gosling) é um aventureiro saído de um número de globo da morte circense

Sem a carga pretensiosa do dinamarquês Nicolas Widing Refn (Drive), o cineasta do circuito alternativo Derek Cianfrance sabe como tirar proveito de um fervoroso astro da nova Hollywood: Ryan Gosling. Valendo-se de um tipo de filme épico moderado — que poderia ser assinado por Martin Scorsese —, Cianfrance mais uma vez surpreende. Se com Namorados para sempre foi saudado com exagerado comparativo (seria um Ingmar Bergman modernoso, para alguns), agora, alcança a proeza de, com coerência, fazer uma violenta rusga familiar atravessar gerações e, mesmo investindo na força do acaso, convencer.

Na trama, Luke (Gosling, ator de primeira) é aventureiro que, saído de um número de globo da morte circense, opta pela contramão: tão logo descobre haver tido um filho, crava para si o ônus da responsabilidade. Ele tira a namorada Romina (Eva Mendes) do sério, intervindo, com extrema perseverança, no dia a dia dela. Para impressioná-la com posses materiais, recorre a roubos, filmados em ritmo de tirar o fôlego.

Para além da tensão regular, o cineasta aposta em camadas intensas de dramas familiares e profissionais. A condição limitada de Luke vai definir o encontro dele com o policial Avery (Bradley Cooper). Administrando jornadas éticas, frustrações emocionais e cenas, com naturalidade, poéticas, Cianfrance legitima uma assinatura que, ao menos por enquanto, parece marcante.

Confira o trailer do filme

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