'Solteira quase surtando' trata de temas relevantes, mas peca por estereótipos
O filme conta a história de Beatriz Ferreira que reavalia suas prioridades depois que descobre que entrará na menopausa mais cedo
Publicação:13/03/2020 06:05Atualização: 12/03/2020 20:12
'Solteira quase surtando' é uma comédia divertida, mas com narrativas cheias de clichês
Estrelado e escrito pela atriz carioca Mina Nercessian (Dark amazon, Cry now, A vidente), o filme Solteira quase surtando conta a história de Beatriz Ferreira, workaholic e solteira convicta que, aos 35 anos, descobre que entrará precocemente na menopausa.
De repente ela muda de ideia e decide, nos seis meses de fertilidade que lhe restam, casar e ter filhos com o homem considerado ideal. “Ele é romântico, abre a porta do carro, paga a conta”, define a protagonista em uma das cenas.
Dirigido por Caco Sousa, com Leandro Lima, Letícia Birkheuer e Stepan Nercessian (tio de Mina) no elenco, o filme, anunciado desde 2016, estreou ontem nos cinemas. O roteiro parece não ter agradado muito os críticos de sites especializados, apesar de Mina ter estudado artes dramáticas e se especializado em roteiros pela Ucla (Universidade de Cinema da Califórnia), e ter se dedicado por anos à construção do filme ter alguma experiência em Hollywood. A repetição de clichês da comédia, com representação estereotipada das mulheres, é um dos principais pontos criticados.
Em meio à busca alucinada, Beatriz se mete em situações inusitadas como participar de uma “festa do desencalhe” e flertar no supermercado. A personagem só encontra alento junto à irmã Gabi e o melhor amigo Ravi, personagens que têm suas subtramas desenvolvidas no filme.
Gabi vive às voltas com a maternidade e um casamento fracassado, e seu único prazer é acompanhar as loucas desventuras da irmã. Ravi é homossexual e tem problemas para se assumir perante a família.