Um caracol que sonha ser piloto de carros de corrida. A ideia patética move a animação Turbo, primeira experiência de David Soren como diretor de longas. A aposta da Dreamworks (estúdio das franquias Madagascar, Kung Fu Panda e Shrek) para as férias escolares a passos lentos. O caracol Téo (voz de Ryan Renolds na dublagem original) trabalha como separador de tomates no canteiro do jardim e tenta em vão se transformar em um sujeito mais rápido fazendo dieta e treinamento noturno.

Claro, os esforços resultam em nenhum avanço. É impossível mudar a natureza do caracol, que se movimenta com lentidão e se enfia dentro da casca ante um perigo, como gosta de lembrar o experiente Chet (voz de Paul Giamatti). Em uma das escapadas, o rebelde caracolzinho se envolve num acidente que o transforma em um bicho veloz de verdade. Nessa levada, a vida dos caracóis de jardim se cruza com a dos irmãos vendedores de taco Angelo (Luis Guzmán) e Tito (Michael Peña).

Digamos que Angelo seja o feijão e Tito, o sonho. Enquanto o primeiro garante o sustento da família na lanchonete Dos Bros Tacos, o segundo planeja ficar rico organizando as “animadas” corridas de caracóis. Tito é louco o suficiente para inscrever o amigo nas 500 Milhas de Indianápolis, com a total desaprovação do irmão.

Quando a animação FormiguinhaZ foi lançada, em 1998, o apelo sensorial do filme era o de mostrar os perigos do mundo do ponto de vista de seres tão pequenos. O efeito foi diminuindo ao longo do tempo. Em Turbo, a diferença de escala é impressionante durante a disputa contra o atual campeão da Fórmula Indy, o exibicionista Guy Gagné (voz do comediante Bill Hader).

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