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17/MAR/2024

Amor pleno de Terrence Malick versa sobre as faces do amor

No elenco grandes nomes como Javier Bardem, Ben Affleck e Rachel McAdams

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Yale Gontijo Publicação:26/07/2013 06:15Atualização:25/07/2013 14:27

Olga Kurylenko e Ben Affleck interpretam casal abatido pela paixão em Paris (Mary Cybulski/Divulgação)
Olga Kurylenko e Ben Affleck interpretam casal abatido pela paixão em Paris

O tempo é inimigo da perfeição. O cineasta Terrence Malick era realizador bissexto. Dirigiu seis filmes em 40 anos, até o ano passado. 20 anos separam Cinzas no paraíso de Além da linha vermelha. A distância entre o penúltimo, A árvore da vida, e o novo, Amor pleno, é de apenas 12 meses. Aqui, os ensinamentos filosóficos de Malick versam sobre as faces do amor. O amor materno. O amor entre um homem e uma mulher. E o amor cristão, nas indagações do padre Quintana (Javier Bardem). Reparem na gradações. São como círculos que Malick risca, partindo de um centro: o casal formado pelo turista americano Neil (Ben Affleck) e a francesa Marina (Olga Kurylenko), abatidos pela paixão em Paris.

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A personagem de Kurylenko é a senhora da história, uma bailarina, enquanto o ambientalista de Affleck parece apenas uma sombra. Mais ou menos como a casa quase sem mobília para onde se mudam nos Estados Unidos. Ou como a cidadezinha de Oklahoma, deteriorada por substâncias poluentes liberadas por uma mineradora. Esquálido como a reaproximação com a namoradinha de colégio de Neil, Jane (Rachel McAdams), herdeira de um rancho de búfalos. Talvez a subtração das personagens de Rachel Weisz e Jessica Chastain (que participaram das filmagens e foram cortadas na montagem) tenham retirado o peso de Neil.



O religioso feito por Bardem é, talvez, a figura mais interessante nesse quadro de natureza morta. No íntimo, acumula mais e mais dúvidas sobre a existência divina, enquanto distribui hóstias para presidiários, visita viciados e doentes terminais. No resto, a câmera desliza entre o capim dourado, povoado por cenas românticas. Dessa vez, o estilo de Malick, de luz divinal e diálogos fragmentados, aproxima-se mais a um comercial de perfume.

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