Brasília-DF,
25/ABR/2024

Na quadrada das águas perdidas impressiona em técnica, mas desaponta em emoção

Infelizmente, os produtores esqueceram-se de extrair poesia em narrativa sertaneja sobre condições de subsistência

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Yale Gontijo Publicação:02/08/2013 06:01Atualização:01/08/2013 17:24

Filme pernambucano, com Mateus Nachtergaele, traz de voltaà tela as mazelas do sertão (Mont Serrat Filmes/Divulgação)
Filme pernambucano, com Mateus Nachtergaele, traz de voltaà tela as mazelas do sertão

Analisado dentro na contemporaneidade do cinema brasileiro, o filme pernambucano Na quadrada das águas perdidas é um título atípico, pela proposta original totalmente descolada da tendência vigente. Há tempos, o cinema brasileiro (notadamente o de Pernambuco) abandonou as mazelas do sertão para se fixar nos dramas sociais das grandes capitais nordestinas. É o rumo oposto desta pantomima guiada por um sertanejo interpretado por Mateus Nachtergaele, morador do interior do país. Longe do litoral, o homem sem nome vive intensamente a interação com o meio ambiente hostil da caatinga em plena estiagem.

A música homônima do autor da trilha sonora do filme, Elomar Figueira Melo, parece ter inspirado o roteiro sobre a caatinga inclemente, bioma apresentado em longos planos, com ação centrada na obtenção de água e de comida. O resultado simples é notado pelo esforço de Marcos Carvalho e Wagner Miranda, acumulando as funções de direção, roteiro, fotografia e montagem. A dupla não segue a forma da denúncia social. Vê-se mais o desenho de uma espécie de manual de sobrevivência. Infelizmente, os produtores esqueceram-se de extrair poesia em narrativa sertaneja sobre condições de subsistência.

 

 

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