Filme sobre filosofa alemã Hannah Arendt foca em período nazista
A postura de Hannah Arendt diante do julgamento de Eichmann, considerando-o apenas um burocrata sem reflexão e não um monstro sem compaixão, fez com que recebesse críticas, ponto importante no filme de von Trotta
Publicação:02/08/2013 06:03Atualização: 02/08/2013 10:51
Barbara Sukowa encarna na tela a filósofa alemã Hannah Arendt
A importância da filósofa alemã Hannah Arendt para o pensamento político é imensurável e um filme dirigido pela também alemã Margarethe von Trotta só ressalta essa importância, já que a diretora é conhecida pela filmografia de viés político. Hannah Arendt centra o foco na cobertura que Arendt fez do julgamento do carrasco nazista Adolf Eichmann para a revista The New Yorker e o caso que ela teve com o filósofo Martin Heidegger, filiado ao partido nazista e que nunca se retratou, mesmo depois do fim da guerra.
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O nazismo fez com que Arendt (1906-1975) e o marido, Heinrich Blutcher, em 1941, se refugiassem nos EUA. No filme de Trotta, a personagem, interpretada por Barbara Sukowa, é humanizada com cenas de festas e da vida cotidiana, nos anos 1960, em Manhattan, onde ela atuava como professora. A postura de Hannah Arendt diante do julgamento de Eichmann, considerando-o apenas um burocrata sem reflexão e não um monstro sem compaixão, fez com que recebesse críticas, ponto importante no filme de von Trotta.