Círculo de Fogo faz referência ao cinema japonês em cenas de ação
Homenagem do cineasta Guillermo del Toro aos monstros gigantes do cinema japonês é marcada pelo excesso de ação e trama simples
Ricardo Daehn
Publicação:09/08/2013 06:00Atualização: 28/08/2013 16:45
Por meio de uma fenda marítima, com ares de godzillas, “monstros gigantes” (em japonês, kaijus) ameaçam a Terra. Para estancá-los — com lataria à Transformers —, uma elite de combatentes, valendo-se de uma neuroconexão, aos pares, comanda mentalmente os maciços movimentos de robôs chamados de Jaegers. Num misto de Avatar e Wii, Raleigh (Charlie Hunnam) e Mako (Rinko Kikuchi) se casam feito mão e luva, na barreira contra kaijus. Entre uma penca de clichês, a fita oferta um momento em que reina o peso da mitologia na obra de Del Toro: o do avanço em desconhecido universo aquático. Mas muito se perde, água abaixo, tal qual Battleship.
Confira o trailer do filme Círculo de Fogo
Os Jaegers (caçadores, em alemão): pilotados por humanos, esses robôs gigantes defendem a humanidade
A sede em preencher cada centímetro de quadro da tela com ação parece ter sido aplacada pelo diretor Guillermo del Toro, quando o tema é Círculo de fogo. A movimentação incessante chega a ponto de soterrar o espectador, mesmo com efeitos especiais de primeira. Num jogo de conexões cinematográficas, o mexicano deixa entrever a admiração pelo mago visual Ray Harryhausen (que teve canto de cisne em Fúria de titãs).
Saiba mais...
Jogando em várias frentes de cinema, Del Toro pode até ter se atrapalhado (como referenda a bilheteria americana), mas é sempre referência em criatividade. Com trama simplória, o novo filme casa duas frentes: a tecnológica (empregada para construção de gigantescos robôs) e a de cunho dramático e humano.Por meio de uma fenda marítima, com ares de godzillas, “monstros gigantes” (em japonês, kaijus) ameaçam a Terra. Para estancá-los — com lataria à Transformers —, uma elite de combatentes, valendo-se de uma neuroconexão, aos pares, comanda mentalmente os maciços movimentos de robôs chamados de Jaegers. Num misto de Avatar e Wii, Raleigh (Charlie Hunnam) e Mako (Rinko Kikuchi) se casam feito mão e luva, na barreira contra kaijus. Entre uma penca de clichês, a fita oferta um momento em que reina o peso da mitologia na obra de Del Toro: o do avanço em desconhecido universo aquático. Mas muito se perde, água abaixo, tal qual Battleship.
Confira o trailer do filme Círculo de Fogo