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17/MAR/2024

Em trama declaradamente ianque, longa O ataque soa como piada pronta

Em meio ao degelo que ronda a insensibilidade frente à situação da Síria, O ataque é digno de gargalhadas

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Ricardo Daehn Publicação:06/09/2013 06:03Atualização:06/09/2013 09:40

Chaning Tatum vive um aspirante ao serviço secreto: dose de patriotismo ianque se transforma em humor (Sony Pictures Entertainment/Divulgação)
Chaning Tatum vive um aspirante ao serviço secreto: dose de patriotismo ianque se transforma em humor
No conjunto da obra, O ataque soa como piada pronta. Para escanteio, então, a premissa do protagonista (Channing Tatum) que pretende servir ao serviço secreto e cai, de paraquedas, num caótico cenário de devastação na Casa Branca. Num filme declaradamente ianque, há um personagem que esbraveja: “Estão vendendo este país (Estados Unidos) para os árabes”. Em meio ao degelo que ronda a insensibilidade frente à situação da Síria, O ataque é digno de gargalhadas.

Se o diretor Roland Emmerich (o mestre das explosões de Independence day e 2012) apostou na aplicação de densa dose de ação, na verdade, com a conjuntura política atual, submete o público a um hilariante tratado de patriotada. Não há outra forma de dialogar com a fita em que não ecoe o riso frouxo.

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Com uma bandeira tremulante, a menina prodígio Emily (Joey King) impede uma ação militar destinada a liquidar a Casa Branca. Ainda não riu? Pois bem, há perseguições de carros, e das inflamadas, no irretocável pátio da Casa Branca, com direito a um jovial presidente (Jamie Foxx, inspirado em Obama) calçando tênis jordans e pegando em armas.

É pouco? Uma granada é bicada, uma imagem de George Washington é alvejada, altura da testa, e um hacker — ao som do clichê da música clássica — sabota dados dos computadores norte-americanos (vingança máxima, no campo da ficção, para os partidários de Dilma). Para redundar na graça — e quem não tiver ranço de mau humor, não se conterá —, a menina Emily (filha do pretenso herói) rouba a cena. De supetão, com câmera de blog empunhada, argui o presidente (pouco antes de Capitólio estar em chamas), sobre como unificar um Oriente Médio repleto de dissidências e facções culturais.

Emily se vale de dados do Wikileaks, numa trama que em nada se leva a sério, quebrando protocolos, ao citar túneis secretos da Casa Branca, nos quais Marilyn Monroe e JFK “faziam”. Ah! Não será preciso lupa para absorver a bestial ação que é ininterrupta. De quebra, vem o canhestro discurso que avalia o peso da “pena (das leis)” frente ao poder da “espada (a força)” e uma piada de citação a Independence day (filme do próprio Roland Emmerich).

Confira o trailer do filme O ataque



O ataque estreia nesta sexta-feira (6/9)

Em cartaz nos cinemas:  Arcoplex Águas Claras 4, às 14h, 16h30, 19h e 21h30. Cinemark Iguatemi 1, às 13h20, 16h10, 19h e 21h50. Cinemark Pier 3, às 13h, 16h, 19h e 22h. Cinemark Taguatinga Shopping 3 (dublado), às 13h, 15h50, 18h40 e 21h30. Espaço Itaú CasaPark 5, às 14h, 16h30, 19h e 21h30. Amanhã, também às 11h. Kinoplex Boulevard 2, às 15h10, 18h e 20h50. Kinoplex ParkShopping 2 (dublado), às 15h10, 17h50 e 20h30. Kinoplex ParkShopping 5, às 13h, 15h40, 18h20 e 21h. Multicine Valparaíso 2 (dublado), às 16h30, 18h55 e 21h20. Pátio Brasil 6 (dublado), às 15h10, 18h e 20h40. Terraço Shopping 2, às 15h, 18h10 e 21h.

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