'Boa sorte, meu amor' retrata Recife como uma cidade monocromática
A grande metrópole determinada a extinguir os pecados do passado colonial investe em fachadas de prédios envidraçados e no microcosmo de seus protagonistas
Publicação:13/09/2013 06:06Atualização: 13/09/2013 09:08
O pernambucano Boa sorte, meu amor é um filme excessivo em três pontos: no peso impressionista do tratamento imagético; em sua gana de abarcar todas as contradições do seu mundo em preto e branco; e quando despenca narrativamente no terço final de um faroeste inusitado.
Igual a Febre do rato (2012), do conterrâneo cineasta Claudio Assis, Recife é fotografada como uma cidade monocromática. A grande metrópole determinada a extinguir os pecados do passado colonial investe em fachadas de prédios envidraçados e no microcosmo de seus protagonistas: um rapaz e uma moça.
Entre a profundidade dela e a superficialidade dele, o primeiro longa-metragem de Daniel Aragão apresenta o delírio surrealista na imagem de um homem devorado por formigas e o cavalo agonizante. Aragão, determinado a extrair exceções do seu cinema de excesso, promove ainda o reencontro a uma matriz experimental setentista brindada pela participação do veterano Carlo Mossy.
Confira o trailer
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A Recife monocromática de Boa sorte, meu amor: mergulho no universo de dois personagens opostos
O pernambucano Boa sorte, meu amor é um filme excessivo em três pontos: no peso impressionista do tratamento imagético; em sua gana de abarcar todas as contradições do seu mundo em preto e branco; e quando despenca narrativamente no terço final de um faroeste inusitado.
Igual a Febre do rato (2012), do conterrâneo cineasta Claudio Assis, Recife é fotografada como uma cidade monocromática. A grande metrópole determinada a extinguir os pecados do passado colonial investe em fachadas de prédios envidraçados e no microcosmo de seus protagonistas: um rapaz e uma moça.
Saiba mais...
Ele é herdeiro. Ela é artista. Ele faz demolições de edifícios e ela desempenha composições inaudíveis ao piano. Ele, rico; ela, pobre. Os dois têm nome de batismo, mas não precisamos reconhecê-los por seus registros gerais. São personagens impalpáveis. A estreante atriz Christiana Ubach dá peso ao passado de Maria, enquanto o intéprete brasiliense Vinícius Zinn é o responsável pela pele, a porção epidérmica de Dirceu.Entre a profundidade dela e a superficialidade dele, o primeiro longa-metragem de Daniel Aragão apresenta o delírio surrealista na imagem de um homem devorado por formigas e o cavalo agonizante. Aragão, determinado a extrair exceções do seu cinema de excesso, promove ainda o reencontro a uma matriz experimental setentista brindada pela participação do veterano Carlo Mossy.
Confira o trailer
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