Cine Holliúdy foge dos padrões mostrando uma comédia de humor simples
O longa-metragem nacional conta a luta do casal Francisgleydson e Gracinha
Era uma vez, nos anos 1970, no interior do Ceará, um apaixonado por toscas fitas de artes marciais, sua esposa e um filho. A família mantém um pequeno cinema portátil, mudando-se de cidadezinha em cidadezinha, tentando se firmar financeiramente. Desde a chegada da televisão, instalada nas praças da cidade, os negócios não vão bem. A atração, custeada por prefeitos com vistas a se reeleger, tem roubado os poucos frequentadores de cinema. A “Telefunken de 12 canais” é uma entidade, uma sombra encobrindo o céu de Pacatuba, para onde a família se muda num gesto desesperado para manter-se no ramo.
Se o acabamento de Holliúdy não é dos melhores, vale sua vontade de se fazer genuíno, intocado por vernizes elitistas. É uma matinê sem a pretensão de Tela Quente e, principalmente, um título tocante na sua sensível defesa da sétima arte ante a concorrência de entretenimento massificado da televisão.