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16/ABR/2024

Cine Holliúdy foge dos padrões mostrando uma comédia de humor simples

O longa-metragem nacional conta a luta do casal Francisgleydson e Gracinha

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Yale Gontijo Publicação:20/09/2013 06:02Atualização:19/09/2013 16:29

Francisgleydson (Edmilson Filho) luta para manter a projeção de filmes nos cafundós do Nordeste (Downtown Pictures/Divulgação)
Francisgleydson (Edmilson Filho) luta para manter a projeção de filmes nos cafundós do Nordeste

Era uma vez, nos anos 1970, no interior do Ceará, um apaixonado por toscas fitas de artes marciais, sua esposa e um filho. A família mantém um pequeno cinema portátil, mudando-se de cidadezinha em cidadezinha, tentando se firmar financeiramente. Desde a chegada da televisão, instalada nas praças da cidade, os negócios não vão bem. A atração, custeada por prefeitos com vistas a se reeleger, tem roubado os poucos frequentadores de cinema. A “Telefunken de 12 canais” é uma entidade, uma sombra encobrindo o céu de Pacatuba, para onde a família se muda num gesto desesperado para manter-se no ramo.

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Baseado nas memórias do diretor Halder Gomes, Cine Holliúdy é um fenômeno inesperado no cinema brasileiro, uma comédia de humor simples, falada em “cearensês” e legendada para o português. Uma produção que começou pequena e cresceu junto com a luta do casal de protagonistas Francisgleydson (Edmilson Filho) e Maria das Graças, a Gracinha (Miriam Freeland), para manter os rolos de negativo deslizando pelo projetor. Todos (leia-se aqueles capazes de desembolsar cinco cruzeiros na bilheteria) estão no mesmo ambiente. Um ceguinho que não leva desaforo para casa (interpretado pelo cantor cearense Falcão), o padre católico, o pastor evangélico (Edmilson Filho se desdobrando em dois papéis) e o prefeito que vive de promessas que não vai cumprir (participação do ator Roberto Bomtempo).



Se o acabamento de Holliúdy não é dos melhores, vale sua vontade de se fazer genuíno, intocado por vernizes elitistas. É uma matinê sem a pretensão de Tela Quente e, principalmente, um título tocante na sua sensível defesa da sétima arte ante a concorrência de entretenimento massificado da televisão.

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