Longa discute sobre imediatismo tecnológico e o vigor das redes humanas
O lançamento alternativo será nesta segunda-feira (4/11), a partir das 18h30, na Livraria Cultura do CasaPark
![Salimon: Discutimos relações mais abertas, que não se prendam à economia da escassez (Paulo de Araújo/CB/D.A Press) Salimon: Discutimos relações mais abertas, que não se prendam à economia da escassez (Paulo de Araújo/CB/D.A Press)](http://imgsapp.df.divirtasemais.com.br/app/noticia_133890394703/2013/11/04/145121/20131104123550606599a.jpg)
Inconformado por natureza, Mário Salimon não escamoteia matrizes polêmicas que desembocaram na vontade de criar o documentário Hierarquia: Conversas depois do fim de um mundo. O lançamento alternativo será nesta segunda-feira (4/11), a partir das 18h30 (na Livraria Cultura do CasaPark), em evento com entrada franca. Mestre em administração, o também jornalista defende conceitos diferenciados — a exemplo da figura central da fita: o filósofo e escritor Augusto de Franco.
Salimon, por exemplo arrisca entendimentos como o de trabalho configurar prisão. "Há prisão do corpo, desde o cartão de ponto batido. Mas há prisão mais sutil: a dependência do trabalho que se torna relevante, pela sustentabilidade material ou ainda quando relacionada com o nível de satisfação de pulsões e da própria ideia de poder atrelada a alguns cargos", analisa.
Mesmo que tenha sido filmada em janeiro (antes dos manifestações tomarem conta do país, a fita defendida se vale de tópicos como os "das miríades de organizações, cada uma com seu motivação diversa" e desdobramentos inerentes a teorias como o a do "buraco branco", criado por explosão social. Ele resultaria de uma maior integração entre os atores sociais, sem grandes distanciamentos.
"Discutimos relações mais abertas, que não se prendam à economia da escassez. Algo como não represar poder, amor e sentimentos, com indivíduos dispostos a se jogarem num fluxo mais intenso", comenta Salimon, que avança até pela revisão da matrix, disseminada, antes, em ficção científica.