Mostra de Cinema Panorama Alemão exibe vinte filmes na cidade
O festival abre no Espaço Itaú de Cinema do CasaPark com o longa "Saída Marrakech"
Ricardo Daehn
Publicação:08/11/2013 06:02Atualização: 07/11/2013 13:50
Formada em economia, a estudiosa da história do cinema Barbie Hewsinger, com pós-graduação em produção de cinema, aponta um traço interessante na seleção do Panorama Alemão: “desta vez, temos um equilíbrio muito raro entre a produção masculina e os filmes conduzidos por mulheres”. Nem sempre, porém, os olhares seguem estereótipos de delicadeza.
Katrin Gebbe, com Nada de mau pode acontecer, é exemplar nessa análise, pelo filme selecionado para Cannes, no segmento Um Certo Olhar. “É tudo muito brutal, e vejo extrema coragem neste filme. Ele rompe fronteiras entre fanatismo religioso e desdobramentos de problemas psicológicos das personagens”, observa a curadora.
Filme de abertura, Saída Marrakech fala sobre a relação entre um pai e um filho durante viagem ao Marrocos
Com propósito similar ao que a mostra Varilux faz na difusão do cinema francês, a seleção Panorama Alemão fortalece, a partir de dessa sexta-feira (8/11), as ações culturais do ano da Alemanha no Brasil por meio de 20 sessões em Brasília. “São títulos muito diferenciados, tanto na maneira de contar as histórias quanto na abordagem de temas. Tentamos privilegiar vários dos públicos possíveis”, comenta Barbie Hewsinger, uma das curadoras do evento propiciado pela German Films.
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Nesta sexta-feira (8), às 19h30, a mostra abre no Espaço Itaú de Cinema do CasaPark com Saída Marrakech, longa de Caroline Link, que, há 12 anos, fez história ao vencer o Oscar com Lugar nenhum na África. Para além da geografia, o filme abraça mudanças de comportamento e de interação entre um pai e um filho, com pregressa lacuna de relacionamento, em uma viagem de trabalho ao Marrocos.Formada em economia, a estudiosa da história do cinema Barbie Hewsinger, com pós-graduação em produção de cinema, aponta um traço interessante na seleção do Panorama Alemão: “desta vez, temos um equilíbrio muito raro entre a produção masculina e os filmes conduzidos por mulheres”. Nem sempre, porém, os olhares seguem estereótipos de delicadeza.
Katrin Gebbe, com Nada de mau pode acontecer, é exemplar nessa análise, pelo filme selecionado para Cannes, no segmento Um Certo Olhar. “É tudo muito brutal, e vejo extrema coragem neste filme. Ele rompe fronteiras entre fanatismo religioso e desdobramentos de problemas psicológicos das personagens”, observa a curadora.