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19/ABR/2024

Longa de ficção coloca o futuro do planeta nas mãos de um garoto prodígio

Em Ender's game: o jogo do exterminador, jovens são treinados para lutar contra uma invasão alienígena iminente

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Olívia Florência Publicação:20/12/2013 06:00Atualização:19/12/2013 14:22
Rackham (Ben Kingsley), Graff (Harrison Ford) e Ender (Asa Butterfield): garoto é a esperança da humanidade (Paris Filmes/Divulgação)
Rackham (Ben Kingsley), Graff (Harrison Ford) e Ender (Asa Butterfield): garoto é a esperança da humanidade

O que faz do cinema um programa de férias perfeito para as crianças? Uma pipoca saborosa? O ar-condicionado na temperatura certa? Nada disso adianta sem um filme que faça os pequenos terem uma legítima vontade de ficarem sentados por duas horas inteiras (e, de quebra, mantenha os pais acordados durante a sessão). Ender’s game: o jogo do exterminador se sai bem em ambas as missões. É quase impossível piscar nesse longa, que é envolvente o suficiente para manter qualquer um acima de 10 anos (idade da classificação indicativa) interessado nos passos do herói Ender.

Baseado no livro Ender’s game, de 1985, o longa se passa em um futuro não muito distante, em que jovens são treinados para lutar contra uma invasão alienígena iminente — 50 anos antes, os mesmos extraterrestres já haviam devastado o planeta. Ender Wiggin é um jovem prodígio na academia militar de elite, exibindo boa capacidade de liderança e dotes como estrategista. O longa acompanha os avanços no treinamento de Ender e a batalha derradeira que ele terá de enfrentar.


Asa Butterfield (de A invenção de Hugo Cabret) incorpora muito bem a frieza de Ender, um menino assombrado pela violência do irmão mais velho e, paradoxalmente, muito próximo da irmã (Abigail Breslin, um respiro de toda a rigidez do longa). Viola Davis e Harrison Ford também dão as honras como tutores da academia. A produção é comandada pelo sul-africano Gavin Hood, mais conhecido por X-men origens: Wolverine, de 2009. O diretor migrou para Hollywood depois de ganhar o prêmio Oscar de melhor filme estrangeiro por Infância roubada, em 2006.

Hood transformou Ender’s game num competente filme de ação que também é um bom longa sobre a ascensão de um herói. Mas o verdadeiro triunfo está no final: um soco no estômago, que faz pensar e questionar toda a moral imposta minutos antes pela própria obra.

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