'A fita azul' debate mudanças hormonais e descobertas da adolescência
Protagonista da trama, a adolescente mórmon Rachel (Julia Garner) acredita ter ficado grávida do cantor de uma música ouvida em um aparelho de som
Yale Gontijo
Publicação:24/01/2014 06:01Atualização: 23/01/2014 12:53
A diretora e roteirista Rebecca Thomas encontrou um jeito original de falar sobre mudanças hormonais e descobertas da adolescência. A protagonista de A fita azul, a adolescente mórmon Rachel (Julia Garner), acredita ter ficado grávida do cantor de uma música ouvida em um aparelho de som obsoleto — no caso, um tocador de fita K7. Entre as restrições severas da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, está a abstenção do uso de tecnologias eletrônicas.
É preciso acreditar na realidade deste filme, mas é difícil se envolver por muito tempo em um roteiro de situações repetitivas. Embora exista o esforço da discussão sobre “verdades” e “moral”, sobra o vazio sem comentários políticos consistentes sobre manipulação religiosa, a exemplo de A vila (2004), de M. Night Shyamalan.
Rachel (Julia Garner): deslumbrada com a vida além da comunidade mórmon
A diretora e roteirista Rebecca Thomas encontrou um jeito original de falar sobre mudanças hormonais e descobertas da adolescência. A protagonista de A fita azul, a adolescente mórmon Rachel (Julia Garner), acredita ter ficado grávida do cantor de uma música ouvida em um aparelho de som obsoleto — no caso, um tocador de fita K7. Entre as restrições severas da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, está a abstenção do uso de tecnologias eletrônicas.
Saiba mais...
Deixando a comunidade, Rachel se depara com os avanços do século 21. Rebecca, a diretora, sabe como enquadrar seus prisioneiros saindo em “condicional”, mas o investimento constante no deslumbramento dos personagens com as maravilhas e horrores do mundo exterior enfraquecem a força da trama. É preciso acreditar na realidade deste filme, mas é difícil se envolver por muito tempo em um roteiro de situações repetitivas. Embora exista o esforço da discussão sobre “verdades” e “moral”, sobra o vazio sem comentários políticos consistentes sobre manipulação religiosa, a exemplo de A vila (2004), de M. Night Shyamalan.