Coprodução entre França, Estados Unidos e Inglaterra, Philomena é basicamente um projeto tocado pelo ator Steve Coogan, responsável por roteiro, produção e intérprete de um dueto encenado ao lado da veterana atriz, Judi Dench, cuja personagem batiza o filme.

Coogan encarna o papel do jornalista em crise, Martin Sixsmith, topando de “encontrão” com uma história abastecida por “muito material humano”.

Numa narrativa em que a história real surpreende por seus contornos cruéis, conhecemos a influência de religião e do Estado como agentes inibidores da liberdade individual de cidadãos ainda no útero.

O diretor Stephen Frears nem sequer precisa tocar no leme de uma embarcação que segue um rumo seguro nas mãos da dupla de intérpretes. Dama do cinema inglês, Judi faz o que sabe fazer de melhor: conceder contornos críveis a uma mulher que teve o filho retirado de sua guarda e entregue à adoção.

Mesmo quando é ingênua ou inocente, acreditamos na sinceridade de Philomena. Entre as previsibilidades do roteiro inspirado em um livro, os dois tripulantes da viagem estreitarão laços de amizade, brigarão um bocado e terminarão a jornada modificados por descobertas profundas.