Roubo de obras de arte é tema de filme estrelado por Bill Murray e George Clooney
Em Caçadores de obras-primas, embebidos de heroísmo, homens de arte querem assegurar a perenidade da estátua de Davi e a graça do eterno sorriso da Monalisa
Ricardo Daehn
Publicação:14/02/2014 06:04Atualização: 13/02/2014 15:11
Quem deu crédito à porção diretor do ator George Clooney melhor ficar em guarda, diante do (com o perdão do trocadilho) filme uniforme que ele assina, Caçadores de obras-primas. Sem muito conflito — apesar de arraigada à Segunda Guerra —, a trama se afirma num plano panfletário, contrariando a pegada dos anteriores Tudo pelo poder (2011) e Boa noite e boa sorte (2005).
Sem a marotice do Tarantino de Bastardos inglórios, Clooney prefere trilhar um caminho seguro, ao lidar com fatos, no retrato da glorificada trajetória de militares de ocasião que salvaram mais de 5 milhões de peças de arte da maquinaria nazista que, assentada em saques à la pirataria, pretendia instaurar o Museu do Fuhrer.
Num discurso modesto — embalado pela arte como “pilar da sociedade” —, George Clooney luta para garantir reconhecimento para “participantes ativos” da Segunda Guerra, em oposição a meros títeres de retaguarda bélica. Existem, em cena, as minas terrestres, os barris de ouro de dentes de judeus e a pretensa emoção de arrastada cena ao som de Have yourself a merry little Christmas.
Mas tudo é muito planificado, na discussão, em última instância, do que valeria mais: um quilo de ouro, um quilo de arte ou quilo de explosivos? Ninguém tem dúvidas, diante de A Última Ceia e de O retábulo de Ghent em situação de risco. Isso, independentemente de marasmo e comedimento impressos na tela.
Bill Murray completa elenco de estrelas
Quem deu crédito à porção diretor do ator George Clooney melhor ficar em guarda, diante do (com o perdão do trocadilho) filme uniforme que ele assina, Caçadores de obras-primas. Sem muito conflito — apesar de arraigada à Segunda Guerra —, a trama se afirma num plano panfletário, contrariando a pegada dos anteriores Tudo pelo poder (2011) e Boa noite e boa sorte (2005).
Sem a marotice do Tarantino de Bastardos inglórios, Clooney prefere trilhar um caminho seguro, ao lidar com fatos, no retrato da glorificada trajetória de militares de ocasião que salvaram mais de 5 milhões de peças de arte da maquinaria nazista que, assentada em saques à la pirataria, pretendia instaurar o Museu do Fuhrer.
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Embebidos de heroísmo, homens de arte querem assegurar a perenidade da estátua de Davi e a graça do eterno sorriso da Monalisa. Obras escoadas à revelia, por roubos feitos em locais como a Galeria Nacional Jeu de Paume (Paris), mostram como “Göring foi às compras” (com a rara pontuação divertida do roteiro).Num discurso modesto — embalado pela arte como “pilar da sociedade” —, George Clooney luta para garantir reconhecimento para “participantes ativos” da Segunda Guerra, em oposição a meros títeres de retaguarda bélica. Existem, em cena, as minas terrestres, os barris de ouro de dentes de judeus e a pretensa emoção de arrastada cena ao som de Have yourself a merry little Christmas.
Mas tudo é muito planificado, na discussão, em última instância, do que valeria mais: um quilo de ouro, um quilo de arte ou quilo de explosivos? Ninguém tem dúvidas, diante de A Última Ceia e de O retábulo de Ghent em situação de risco. Isso, independentemente de marasmo e comedimento impressos na tela.