Robcop trata sobre politica exterior norte-americana e criação de herói
Samuel L. Jackson abre o filme com interpretação de uma caricatura do comunicador da direita dos Estados Unidos
Há um misto de Guerra ao terror, de Kathryn Bigelow, e Aqui Agora, o televisivo apresentado por Gil Gomes nos idos de 1990, no novíssimo filme Robocop. O ator Samuel L. Jackson abre o filme com interpretação de uma caricatura do comunicador da direita norte-americana, em sátira ao canal republicano Fox News.
O apresentador Pat Novak é um míssil teleguiado pela coorporação de Raymond Sellars (Michael Keaton), industrial interessado em derrubar o bloqueio do congresso americano ao uso de drones dentro do território norte-americano. Para tanto, o magnata dos dispositivos bélicos tem a “grande ideia” de inserir o amputado policial Alex Murphy (Joel Kinnaman) dentro de uma de suas máquinas.
O espectador precisa lidar com todas essas questões acontecendo ao mesmo tempo. Um filme sobre política exterior norte-americana e sobre a criação de um Frankenstein disposto a combater o crime.
O brasileiro José Padilha tratou os sentimentos do protagonista com imensa assepsia estética e de linguagem.