Longa Jogo de xadrez, com Priscila Fantin e Carla Marins, chega aos cinemas
A história de suspense é focada em Guilhermina, ex-assessora de um senador presa depois de ser acusada de um desvio milionário de verbas
Yale Gontijo
Publicação:21/03/2014 06:01
O projeto é ambicioso: fazer um suspense policial, envolvendo altas esferas políticas do país, pelo ponto de vista das personagens femininas. O tabuleiro do jogo no qual deveriam se encontrar a torre, o cavalo e os peões é perdido na débil estrutura de um roteiro simplista e na fraca mise-en-scène dirigida pelo cineasta Luis Antônio Pereira. São tantos fatores a enfraquecer a encenação que fica até difícil crer na aspiração relevante do script.
No papel de ladra, Carla Marins (à esquerda) é o destaque do elenco
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Em Jogo de xadrez, é possível reconhecer todas as fraquezas do cinema nacional recente. Essa história de suspense é focada em Guilhermina, ex-assessora de um senador presa depois de ser acusada de um desvio milionário de verbas da Previdência Social. Enquanto controla os “negócios” dentro da penitenciária dirigida pelo delegado Geraldo (Tuca Andrada), Mina (Priscila Fantin, castigada pela maquiagem e produtora do longa) tenta reunir provas de sua inocência. Em uma informação previsível, o responsável pela corrupção é, na verdade, o parlamentar interpretado por Antônio Calloni. Para fugir da cadeia, ela faz amizade com a ladra de carros Beth, papel de Carla Marins (a intérprete de mulheres doces está irreconhecível no papel de uma mulher durona), uma figura de caráter dúbio.O projeto é ambicioso: fazer um suspense policial, envolvendo altas esferas políticas do país, pelo ponto de vista das personagens femininas. O tabuleiro do jogo no qual deveriam se encontrar a torre, o cavalo e os peões é perdido na débil estrutura de um roteiro simplista e na fraca mise-en-scène dirigida pelo cineasta Luis Antônio Pereira. São tantos fatores a enfraquecer a encenação que fica até difícil crer na aspiração relevante do script.