Da entusiasmada sentença “encontrei o homem da minha vida” até a constatação de que “a primeira vez nunca é incrível”, Fernanda (Mônica Martelli), protagonista da comédia derivada dos palcos Os homens são de Marte…, experimenta as sucessivas frustrações da persistência numa desenfreada caçada amorosa. Na expectativa de um romance, Fernanda abre mão das amarras individualistas e quer mais é “amar e ser amada”.

Se baixar a guarda, a exemplo da personagem, o espectador tem pela frente uma sessão sem forte inventividade, mas, nem por isso, menos divertida.

É um mais do mesmo — Fernanda vai, involuntariamente, fazendo a fila andar, e, na sequência, estão os
tipos vividos por Eduardo Moscóvis (um jovial senador), José Loreto, Marcos Palmeira, Humberto Martins, Peter Ketnath (de Cinema, aspirinas e urubus), além de Herson Capri e de Milhem Cortaz.

Pesa o carisma de Monica Martelli, que ganha pontos cômicos, por estar cercada de colegas, como Paulo Gustavo, sempre engraçado, e Daniele Valente, que conquista em breves cenas.