Brasília-DF,
26/JUL/2024

Mãe e filho têm visões políticas diferentes no longa de Sérgio Bianchi

O longa 'Jogo de decapitações' não poupa militares, polícia nem intelectuais de esquerda

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Ricardo Daehn Publicação:20/06/2014 08:00Atualização:19/06/2014 15:07

 (Pandora Filmes/Divulgação)

Lidar com o óbvio nunca foi a estratégia do amargo cinema de Sérgio Bianchi. Longe do preto no branco, o país subdesenvolvido que tanto o desencanta passa por um filtro em Jogo das decapitações. O longa não poupa militares, polícia nem intelectuais de esquerda. Enquanto há festa para ex-militantes prontos para o saque de indenizações, uma rebelião de presídio contabiliza um morto a cada duas horas.

“Não é fácil manter a integridade, sabendo das coisas”, indica Vera, personagem de Maria Manoella, muito amiga do desorientado tipo feito por Fernando Alves Pinto. Leandro, o protagonista fica perdido entre ex-militantes, que são redimensionados no longa e se tornam tema de estudos do jovem pesquisador.

O explosivo cinema do paranaense vem à tona na cena em que a receita do coquetel molotov é descrita. A sequência é extraída de Maldita coincidência, filme dos anos 1970. Época em que “desbunde e ação política”, para os militares, “era a mesma coisa”, nas palavras de Marília (Clarisse Abujamra), mãe de Leandro, e presidente de uma ONG — presa ao passado (como eterna vítima) e a uma ciranda de oportunismo.

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