Diretor Santiago Mitre estreia com 'O Estudante' com bom elenco na trama
Oo filme revela aspectos interessantes de um âmbito que foge da estatura do estudante que, paulatinamente, se desvincula do dia a dia de universitário, excedendo o campo dos livros
Ricardo Daehn
Publicação:01/08/2014 06:04
Substancial e oportuna talvez sejam as palavras mais adequadas para definir a atmosfera que cerca o filme de estreia de Santiago Mitre, o celebrado roteirista dos longas assinados pelo compatriota argentino Pablo Trapero.
Sempre respeitado em circuitos como os de Cannes (indiretamente, em fitas como Leonera e Abutres), Santiago Mitre dialoga com Do outro lado da lei, filme lançado há 12 anos numa Argentina em risco de convulsão que tratava da formação pouco nobre reservada a um tipo nem tão jovem, circunscrito numa realidade sem muitas esperanças. Vale a lembrança que, feito há três anos, O estudante ocupa um espaço nobre (e de realizador antenado) — diante da tragédia anunciada de um calote internacional, dada a instabilidade econômica da Argentina.
Engajado — e com ótimos atores, entre os quais Esteban Lamothe e Valeria Correa —, o filme revela aspectos interessantes (apesar de, por vezes, maçantes) de um âmbito que foge da estatura (e do controle) do estudante que, paulatinamente, se desvincula do dia a dia de universitário, excedendo o campo dos livros. Roque, o personagem central, reclama ação, transparência e o acesso pleno à cidadania. Tudo muito bonito, mas no papel.
Esteban Lamothe levou o prêmio Condor de melhor ator estreante
Substancial e oportuna talvez sejam as palavras mais adequadas para definir a atmosfera que cerca o filme de estreia de Santiago Mitre, o celebrado roteirista dos longas assinados pelo compatriota argentino Pablo Trapero.
Saiba mais...
Numa trama completamente estruturada por questões que tocam os bastidores do poder, capacidade de convencimento e descoberta de vocações de liderança, Mitre se viu festejado tanto pela mídia dos hermanos quanto por muitas alas do cinema de arte (ganhando o Festival de Cartagena e prêmios Condor atribuídos pela Associação argentina de críticos de cinema).Sempre respeitado em circuitos como os de Cannes (indiretamente, em fitas como Leonera e Abutres), Santiago Mitre dialoga com Do outro lado da lei, filme lançado há 12 anos numa Argentina em risco de convulsão que tratava da formação pouco nobre reservada a um tipo nem tão jovem, circunscrito numa realidade sem muitas esperanças. Vale a lembrança que, feito há três anos, O estudante ocupa um espaço nobre (e de realizador antenado) — diante da tragédia anunciada de um calote internacional, dada a instabilidade econômica da Argentina.
Engajado — e com ótimos atores, entre os quais Esteban Lamothe e Valeria Correa —, o filme revela aspectos interessantes (apesar de, por vezes, maçantes) de um âmbito que foge da estatura (e do controle) do estudante que, paulatinamente, se desvincula do dia a dia de universitário, excedendo o campo dos livros. Roque, o personagem central, reclama ação, transparência e o acesso pleno à cidadania. Tudo muito bonito, mas no papel.