A oposição entre aparelhos digitais e o sexto sentido de veteranos da era analógica domina grande parte da narrativa de Os mercenários 3, longa dirigido por Patrick Hughes, uma franquia destinada a recuperar a imagem de velhos heróis de filmes de ação.

Nestes tempos em que os efeitos de computador andam engolindo o cinema artesanal, um sentimento de nostalgia pela filmagem clássica volta a ocupar as telas.

É interessante que o terceiro filme da série justamente reflita sobre o embate “tradição x modernidade”, principalmente depois do estardalhaço visual promovido com o surgimento de diretores como Michael Bay (em Transformers), um dos responsáveis por literalmente destruir a coreografia visual tradicional por meio do uso de computação gráfica.

Leia sobre curiosidades do elenco de Os mercenários 3:

Minorias 1

Não espere nada escandaloso dos rumores de homossexualidade entre os personagens de Jet Li e Arnold Shwarzenegger que circularam pela internet. A troca de carinho entre os personagens é tão sutil que pode passar despercebido para a maioria dos espectadores e, além disso, a notícia foi baseado em uma declaração do tipo "serão que eles são?" dada em entrevista pelo diretor do filme Patrick Hughes. Em nenhum momento o cineasta deu certeza sobre a orientação sexual de ambos e talvez apenas uma sequência de Mercenários possa ser mais conclusiva sobre o tema gay

Minorias 2

Na tentativa de diminuir a impressão de que a franquia é um Clube do Bolinha, a lutadora sensação do MMA dos Estados Unidos, Ronda Rousey é uma das mercenárias estreantes recrutadas por Ross. No entanto, a participação da jovem atleta está longe de ser considerada um primor de inserção feminina em fitas de ação, insuficiente para ser tratado como renovação feminista