O juiz tanto pode ser classificado tanto como um drama de tribunal quanto como um dramalhão em família. Para o espectador, a história começa quando o advogado Hank Palmer (Robert Downey Jr.) se declara impossibilitado de continuar um julgamento depois de receber a notícia da morte da mãe.

É a razão esperada para que Hank, um desses advogados de boutique, volte para a cidade natal, um lugar minúsculo escondido em Indianapólis, depois de 20 anos longe de lá. O retorno indicaria a retomada das relações com o pai, Joseph Palmer (Robert Duvall), um proeminente juiz do condado e que está na função há 40 anos.

Neste momento, a trama indica um drama familiar embaraçado como um novelo de lã e de difícil resolução. A forte rejeição do pai em relação ao filho do meio descende de um histórico de disfunção juvenil. E só piora quando Hank é colocado no banco dos réus acusado de homícidio.

O ator Robert Downey Jr. segue fazendo a galeria de playboys de meia-idade e acerta quando precisa indicar a construção da relação entre ele e o pai. Os nomes do elenco são o suficiente para segurar a trama em família - lembrando a participação de Billy Bob Thornton, que entra na trama caracterizado como um vilão bem-vestido, e Vera Farmiga, ex-namorada do advogado -, embora o enredo demore um bocado para desenvolver um fim que já sabemos de antemão.

 

Confira o trailer de O juíz: