Por uma mulher comenta superficialmente a emancipação das mulheres
O filme é moldado na pulsante possibilidade de um adultério em família; confira a crítica
Ricardo Daehn
Publicação:05/12/2014 06:30
Uma fronteira física permeia a pouco difundida obra da diretora francesa Diane Kurys, que, num retrospecto breve, pode ter a carreira lembrada pela indicação ao Oscar do enredo de Entre nous. Por uma mulher, seu filme atual, mescla componentes justo daquele pano de fundo do passado e um filme feito por ela há 20 anos (À la folie, concorrente no Festival de Veneza), todo ele moldado na pulsante possibilidade de um adultério em família.
Quem esmiúça o passado do casal é a filha Anne, artista que se concentra em recapitular atrocidades reservadas a judeus. Num tradicional e empoeirado painel sem grande nostalgia, a diretora destaca as novas condições de mulheres emancipadas, mas não alça maiores voos. A exceção está no cortante final. No elenco, o ar soturno dado ao forasteiro personagem Jean é cortesia do bom ator Nicolas Duvauchelle (Polissia). É ele quem poderá (ou não) virar a cabeça de Léna.
A França pós-guerra é retratada no longa de Diane Kurys
Uma fronteira física permeia a pouco difundida obra da diretora francesa Diane Kurys, que, num retrospecto breve, pode ter a carreira lembrada pela indicação ao Oscar do enredo de Entre nous. Por uma mulher, seu filme atual, mescla componentes justo daquele pano de fundo do passado e um filme feito por ela há 20 anos (À la folie, concorrente no Festival de Veneza), todo ele moldado na pulsante possibilidade de um adultério em família.
Saiba mais...
Se já dirigiu de Claudia Cardinale a Isabelle Huppert, Diane Kurys tem bons atores a seu serviço: Benoît Magimel (de A professora de piano) dá vida ao alfaiate Michel, arraigado a princípios comunistas e que, com a mulher, Léna (Mélanie Thierry), enfrentará tempos tensos, no período pós-guerra.Quem esmiúça o passado do casal é a filha Anne, artista que se concentra em recapitular atrocidades reservadas a judeus. Num tradicional e empoeirado painel sem grande nostalgia, a diretora destaca as novas condições de mulheres emancipadas, mas não alça maiores voos. A exceção está no cortante final. No elenco, o ar soturno dado ao forasteiro personagem Jean é cortesia do bom ator Nicolas Duvauchelle (Polissia). É ele quem poderá (ou não) virar a cabeça de Léna.