Longa nacional, O segredo dos diamantes, tem atuação problemática
Um arranjo de cinema feito assim precisa de um vilão estereotipado providenciado pelo dono do antiquário interpretado por Rui Rezende
Yale Gontijo
Publicação:19/12/2014 06:00
O cinema nacional claramente tem tentado apontar a bússola para gêneros até hoje pouco explorados no país. O diretor mineiro Hélvecio Ratton (Menino maluquinho: o filme) se reporta ao público adolescente em O segredo dos diamantes.
Percorrendo as ruas de um passado colonial, os três tentarão confirmar a lenda centenária gerada pela figura do padre Oliveira — falecido há cerca de 200 anos — , que teria escondido diamantes em algum ponto da cidade. Para encontrá-los é necessário juntar três pistas misteriosas. Um arranjo de cinema feito assim precisa de um vilão estereotipado providenciado pelo dono do antiquário interpretado por Rui Rezende.
A aventura teen com certa dose de nostalgia oitentista esbarra em um roteiro simplista e na atuação do trio de jovens atores, um tanto quanto problemática (para dizer o mínimo).
Os jovens dos anos 2000 — geração bem menos ingênua do que aquela que acompanhou Os goonies (1985) e Conta comigo (1986), dois títulos americanos que claramente inspiraram o brasileiro — sentirão ainda mais as fraquezas da película.
Atuação do trio protagonista é um dos problemas do filme
O cinema nacional claramente tem tentado apontar a bússola para gêneros até hoje pouco explorados no país. O diretor mineiro Hélvecio Ratton (Menino maluquinho: o filme) se reporta ao público adolescente em O segredo dos diamantes.
Saiba mais...
Um acidente automobilístico força o encontro de um garoto de cidade grande, Ângelo (Matheus Abreu), com a dupla de interioranos Carlinhos (Alberto Gouvea) e Júlia (Rachel Pimentel) numa amizade forçada pelas circunstâncias. Percorrendo as ruas de um passado colonial, os três tentarão confirmar a lenda centenária gerada pela figura do padre Oliveira — falecido há cerca de 200 anos — , que teria escondido diamantes em algum ponto da cidade. Para encontrá-los é necessário juntar três pistas misteriosas. Um arranjo de cinema feito assim precisa de um vilão estereotipado providenciado pelo dono do antiquário interpretado por Rui Rezende.
A aventura teen com certa dose de nostalgia oitentista esbarra em um roteiro simplista e na atuação do trio de jovens atores, um tanto quanto problemática (para dizer o mínimo).
Os jovens dos anos 2000 — geração bem menos ingênua do que aquela que acompanhou Os goonies (1985) e Conta comigo (1986), dois títulos americanos que claramente inspiraram o brasileiro — sentirão ainda mais as fraquezas da película.