Êxodo: deuses e reis apresenta a história de Moisés com realismo
O diretor Ridley Scott aprendeu com o fracasso de Noé e investiu em tons mais realistas no longa
Yale Gontijo
Publicação:26/12/2014 06:30
Como refrescar uma história amplamente conhecida e narrada infinitas vezes nas escolas dominicais e pela sétima arte? Produções cinematográficas baseadas na Bíblia costumam ser grandiosas e caras para compensar o fato de que todos já sabem o desfecho das narrativas. É assim desde o princípio dos tempos. Nos últimos anos, no entanto, a estratégia da indústria pode estar falhando. Foi assim com o dilúvio do ano: Noé, de Darren Aronofsky, afundou nas bilheterias, arrecadando apenas US$ 362 milhões.
A mesma preocupação perpassa a interpretação de Christian Bale na pele do general do exército egípcio banido da corte ao se descobrir hebreu, povo escravizado pelo regime do faraó Ramsés (Joel Edgerton). É esse pertencimento que Moisés precisa internalizar nos encontros com um Deus menino.
Nos momentos em que o roteiro dirigido por Scott aborda Deus é que a fita abre espaço para interpretações menos simplistas do texto bíblico. É corajoso representar a fé na figura de um líder importante para as três maiores religiões monoteístas (cristianismo, judaísmo e islamismo) sem precisar deixar de reverenciá-lo.
Você sabia?
O filme é dedicado ao irmão de Ridley Scott, o cineasta Tony Scott, morto em 2014.
A escalação de atores brancos foi motivo de polêmica nos EUA. Muitos observaram que os egípcios têm a pele mais escura do que as pessoas que aparecem na tela.
Christian Bale se entrega à interpretação do religioso
Como refrescar uma história amplamente conhecida e narrada infinitas vezes nas escolas dominicais e pela sétima arte? Produções cinematográficas baseadas na Bíblia costumam ser grandiosas e caras para compensar o fato de que todos já sabem o desfecho das narrativas. É assim desde o princípio dos tempos. Nos últimos anos, no entanto, a estratégia da indústria pode estar falhando. Foi assim com o dilúvio do ano: Noé, de Darren Aronofsky, afundou nas bilheterias, arrecadando apenas US$ 362 milhões.
Saiba mais...
Talvez por essa razão Ridley Scott, cineasta experiente, tenha decidido usar tons realistas em Êxodo: deuses e reis — título dedicado à vida de Moisés (Christian Bale), o homem responsável por libertar os judeus no Egito. Mesmo quando a tela é inundada pelos efeitos especiais usados para representar a devastação das sete pragas ou a abertura do Mar Vermelho, a intenção da fita é representar com realismo. A mesma preocupação perpassa a interpretação de Christian Bale na pele do general do exército egípcio banido da corte ao se descobrir hebreu, povo escravizado pelo regime do faraó Ramsés (Joel Edgerton). É esse pertencimento que Moisés precisa internalizar nos encontros com um Deus menino.
Nos momentos em que o roteiro dirigido por Scott aborda Deus é que a fita abre espaço para interpretações menos simplistas do texto bíblico. É corajoso representar a fé na figura de um líder importante para as três maiores religiões monoteístas (cristianismo, judaísmo e islamismo) sem precisar deixar de reverenciá-lo.
Você sabia?
O filme é dedicado ao irmão de Ridley Scott, o cineasta Tony Scott, morto em 2014.
A escalação de atores brancos foi motivo de polêmica nos EUA. Muitos observaram que os egípcios têm a pele mais escura do que as pessoas que aparecem na tela.