Whiplash narra a história de um músico em busca da fama
O ator J. K. Simmons concorre ao Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante
Yale Gontijo
Publicação:09/01/2015 06:50Atualização: 08/01/2015 12:50
Uma espécie de fumaça intermitente atravessa a fotografia de Whiplash — Em busca da perfeição, filme comercial fora do eixo de repetições que o circuito apresenta na época de férias escolares. A atmosfera do jazz faz parte do tecido dessa película sobre perseverança.
Depois de um encontro infrutífero entre ambos, o calouro é selecionado para participar como baterista da banda chefiada pelo professor, na qual viverá a pressão de um grupo musical de altíssima exigência.
Esqueça os paradigmas da era do jazz. Não há espaço para os estereótipos dos grandes jazzistas nessa película. Os sagrados nomes de Charlie Parker e Jo Jones são usados apenas como defesa da tese de que o sofrimento leva à perfeição. O filme localiza o gênero musical americano em seus bastidores.
A direção de Damien Chazelle debilita seu protagonista à exaustão. Andrew é quase sempre focalizado com as mãos em carne viva e o rosto contorcido de dor depois de horas empunhando uma baqueta na tentativa de encontrar o timing correto de cada uma das composições que executa.
Apesar de tentar desenhar uma relação paternal de relevância (o pai do estudante é intepretado por Paul Reiser de Mad about you), a equação que realmente importa constrói-se entre o músico em início de carreira e seu mestre numa mostra de que a arte (e sua poesia) podem ser tão cruéis quanto qualquer forma de violência.
Fique de olho
Intérprete de Terence Fletcher, o ator J. K. Simmons concorre domingo ao Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante. Esta é a primeira vez que o ator concorre à estatueta da crítica estrangeira em Hollywood.
J. K. Simmons se destaca entre o elenco do longa
Uma espécie de fumaça intermitente atravessa a fotografia de Whiplash — Em busca da perfeição, filme comercial fora do eixo de repetições que o circuito apresenta na época de férias escolares. A atmosfera do jazz faz parte do tecido dessa película sobre perseverança.
Saiba mais...
Dizer perseverança é pouco, quando há tanto sangue nas mãos do baterista Andrew Neyman(Miles Teller) — aluno do 2º ano no Conservatório Musical Shaffer (Nova York)— notado pelo rígido professor Terence Fletcher (o ótimo ator J. K. Simmons, finalmente com um papel à altura de seu talento).Depois de um encontro infrutífero entre ambos, o calouro é selecionado para participar como baterista da banda chefiada pelo professor, na qual viverá a pressão de um grupo musical de altíssima exigência.
Esqueça os paradigmas da era do jazz. Não há espaço para os estereótipos dos grandes jazzistas nessa película. Os sagrados nomes de Charlie Parker e Jo Jones são usados apenas como defesa da tese de que o sofrimento leva à perfeição. O filme localiza o gênero musical americano em seus bastidores.
A direção de Damien Chazelle debilita seu protagonista à exaustão. Andrew é quase sempre focalizado com as mãos em carne viva e o rosto contorcido de dor depois de horas empunhando uma baqueta na tentativa de encontrar o timing correto de cada uma das composições que executa.
Apesar de tentar desenhar uma relação paternal de relevância (o pai do estudante é intepretado por Paul Reiser de Mad about you), a equação que realmente importa constrói-se entre o músico em início de carreira e seu mestre numa mostra de que a arte (e sua poesia) podem ser tão cruéis quanto qualquer forma de violência.
Fique de olho
Intérprete de Terence Fletcher, o ator J. K. Simmons concorre domingo ao Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante. Esta é a primeira vez que o ator concorre à estatueta da crítica estrangeira em Hollywood.