Longa estrangeiro Sr. Kaplan mescla entre comédia e drama
A produção une Uruguai, Espanha e Alemanha e é assinada pelo uruguaio Álvaro Brechner
Ricardo Daehn
Publicação:27/02/2015 06:17Atualização: 27/02/2015 10:23
Há um refinamento de tempero e um cuidado extra, entre a comédia e o drama, para a coprodução que une Uruguai, Espanha e Alemanha e é assinada pelo uruguaio Álvaro Brechner.
Reavaliar trajetórias é o ponto de partida para o diretor, já que os personagens estão presos à história e ao acerto de contas que viram na experiência (real) do nazista Adolf Eichmann, justiçado em Israel. Com 50 anos de casamento, Jacobo Kaplan não sabe nadar (o que é detalhe importante para a trama) e pretende, com mais de 70 anos, se impor um recomeço. Quem sofre as consequências é a mulher dele (Nídia Telles).
Como provou Fernanda Montenegro, no nacional O outro lado da rua (2004), em que realimentava rocambolescas tramas para a polícia, a terceira idade pode ser confusa e Kaplan não fica atrás. Efeitos da Segunda Guerra são sentidos no comportamento do idoso, que, ao menos, sabe rir de si mesmo.
Numa boa dobradinha, Noguera e Guzzini (premiados em Biarritz) fazem valer a fita de humor comedido. Álvaro Brechner convence, com direito a hilárias pontuações que alcançam, inesperadamente, até a banda The Beach Boys.
Confira o trailer de Sr. Kaplan:
A pacata vida de um balneário pode ser movimentada por ex-nazista
Saiba mais...
Com um tema delicado que faz lembrar o malabarismo do êxito de O segredo de seus olhos (que alcançava humor, tratando de parte da ditadura argentina), Sr. Kaplan arrisca no contraste entre um judeu idoso interpretado por Héctor Noguera e o motorista da vez Wilson Contreras (Néstor Guzzini), que tem passado de policial. Entre eles, ranços do nazismo se instauram.Reavaliar trajetórias é o ponto de partida para o diretor, já que os personagens estão presos à história e ao acerto de contas que viram na experiência (real) do nazista Adolf Eichmann, justiçado em Israel. Com 50 anos de casamento, Jacobo Kaplan não sabe nadar (o que é detalhe importante para a trama) e pretende, com mais de 70 anos, se impor um recomeço. Quem sofre as consequências é a mulher dele (Nídia Telles).
Como provou Fernanda Montenegro, no nacional O outro lado da rua (2004), em que realimentava rocambolescas tramas para a polícia, a terceira idade pode ser confusa e Kaplan não fica atrás. Efeitos da Segunda Guerra são sentidos no comportamento do idoso, que, ao menos, sabe rir de si mesmo.
Numa boa dobradinha, Noguera e Guzzini (premiados em Biarritz) fazem valer a fita de humor comedido. Álvaro Brechner convence, com direito a hilárias pontuações que alcançam, inesperadamente, até a banda The Beach Boys.
Confira o trailer de Sr. Kaplan: