O terror Renascida do inferno dá uma resposta pouco animadora à questão do que há após a morte. Ao desenvolver um soro capaz de trazer de volta à vida pacientes dados como mortos, um grupo de cientistas liderados pelo racional Frank (Mark Duplass) desencadeia o mal como efeito colateral. A ação do filme acontece principalmente no restrito (e, no fim das contas, entediante) ambiente do laboratório de pesquisa.

O diretor David Gelb parece fazer uma compilação de clichês do gênero: o método frankensteiniano de reviver cadáveres com a corrente elétrica, a velha discussão entre o cientifismo e a religião, o cachorro demoníaco, o recurso já exaurido de gerar inquietação com gravações caseiras e registros de câmeras de segurança.

Os sustos vazios são intensificados apenas pela trilha sonora e a determinação em atrair o público adolescente não permitiu que a premissa fraca do filme fosse compensada pelo gore. O filme é comedido até no momento de representar a morta-viva encarnada por Olivia Wilde. A personagem mantém sua beleza e, exceto pela capacidade de controlar a luz ambiente e de subir pelo teto, não convence como enviada do além.

Novato na ficção
Renascida do inferno é o primeiro longa-metragem de ficção de David Gelb, diretor nova-iorquino que tem sua filmografia composta principalmente de documentários, entre eles O Sushi dos sonhos de Jiro, que conta a história de um senhor japonês e seu restaurante em Tóquio.

Veja o trailer de Renascida do inferno: