Vazio das celebridades é tema de Mapas para as Estrelas; veja a crítica
O longa é estrelado por Julianne Moore
Anna Beatriz Lisbôa - Especial para o Correio
Publicação:20/03/2015 06:14
Ao longo da carreira, o diretor canadense David Cronenberg representa o horror nas mais diversas formas. Da carne que se transforma (A mosca) à brutalidade das relações cotidianas (Marcas da violência). Em Mapas para as estrelas, o cineasta explora o horror da desconexão e do isolamento.
Enquanto Benjie estrela mais um filme da franquia que o tornou famoso quando criança, Havana está obcecada em encarnar a juventude da mãe, morta no auge da beleza, no remake de um filme clássico. A chegada de Agatha (Mia Wasikowska) fará brotar o desespero que habita logo abaixo da superfície.
A narrativa estrutura-se em diferentes núcleos, que a princípio se relacionam de maneira impessoal. Pouco a pouco, Cronenberg revela a profunda e traumática conexão que os une. A racionalidade desumanizadora de Cosmópolis é substituída por um estado permanente de histeria.
Com Mapas para as estrelas, Julianne Moore reafirma seu pacto com o cinema alternativo, após ser consagrada pela indústria com o Oscar de melhor atriz.
Em uma interpretação marcada por um trabalho corporal vigoroso, ela externa as feridas da relação entre a personagem e sua mãe em sessões de terapia que buscam a catarse por meio da expressão física.
Confira o trailer de Mapas para as Estrelas:
No filme, Julianne Moore volta a atuar no cinema alternativo
Saiba mais...
Como em Cosmópolis (2012), Cronenberg se mostra um exímio construtor de mundos artificiais, os quais ele erige apenas para serem destroçados ao final. O contexto desta vez é Hollywood, representada pelo astro adolescente Benjie Weiss (Evan Bird) e a decadente Havana Segrand (Julianne Moore). Ambos lutam para não serem esquecidos em uma indústria que cultua a novidade, mas é incapaz de oferecer algo de novo. Enquanto Benjie estrela mais um filme da franquia que o tornou famoso quando criança, Havana está obcecada em encarnar a juventude da mãe, morta no auge da beleza, no remake de um filme clássico. A chegada de Agatha (Mia Wasikowska) fará brotar o desespero que habita logo abaixo da superfície.
A narrativa estrutura-se em diferentes núcleos, que a princípio se relacionam de maneira impessoal. Pouco a pouco, Cronenberg revela a profunda e traumática conexão que os une. A racionalidade desumanizadora de Cosmópolis é substituída por um estado permanente de histeria.
Com Mapas para as estrelas, Julianne Moore reafirma seu pacto com o cinema alternativo, após ser consagrada pela indústria com o Oscar de melhor atriz.
Em uma interpretação marcada por um trabalho corporal vigoroso, ela externa as feridas da relação entre a personagem e sua mãe em sessões de terapia que buscam a catarse por meio da expressão física.
Confira o trailer de Mapas para as Estrelas: