Último filme de Paul Walker tem violência demais e um roteiro sem agilidade
Confira a crítica de Velozes e furiosos 7
Anna Beatriz Lisbôa - Especial para o Correio
Publicação:03/04/2015 06:00Atualização: 03/04/2015 09:01
O segredo do êxito da franquia Velozes e furiosos, para além das explosões e carros envenenados, está na dinâmica impressa pela dupla Vin Diesel e Paul Walker - que interpretavam antagonistas a princípio e agora, cunhados. Na sétima sequência da série, o público poderá ver os heróis juntos em ação pela última vez.
A trama folhetinesca envolve vingança e perda de memória, além de um programa capaz de localizar qualquer pessoa do mundo em instantes por meio de câmeras de celulares. O objetivo é impedir que o dispositivo caia nas mãos de terroristas. A aventura levará a gangue de Dom Toretto (Diesel) a diferentes locações pelo mundo, onde também são perseguidos pelo assassino Deckard Shaw (Jason Statham), que quer vingar a morte do irmão (o vilão do filme anterior).
O duelo entre os personagens de Diesel e Statham é o ponto forte da trama, que se perde quando envolve o grupo de terroristas liderado por Jakande (Djimon Hounsou). Shaw é como uma arma atômica que deixa todos os lugares pelos quais passa em escombros, enquanto Toretto funciona como um paredão blindado.
O personagem de Diesel é um tipo de figura paterna anabolizada, que cuida e vinga os seus, assim como o vilão Shaw. O estoicismo inabalável de Diesel encontra seu contraponto ideal na brutalidade destrutiva de Statham. É uma pena que o embate acabe ofuscado no roteiro hipertrofiado.
Trama se perde quando envolve ataques terroristas
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No entanto, até a emocionada despedida do personagem de Walker (o ex-policial Brian O'Conner) no fim do longa, ainda há estradas a serem percorridas e inimigos a liquidar. O recurso dispensável do 3D só reafirma a vocação do longa para o excesso de músculos, explosões, velocidade e até de duração (que quase alcança a marca das 2 horas e 20 minutos). A trama folhetinesca envolve vingança e perda de memória, além de um programa capaz de localizar qualquer pessoa do mundo em instantes por meio de câmeras de celulares. O objetivo é impedir que o dispositivo caia nas mãos de terroristas. A aventura levará a gangue de Dom Toretto (Diesel) a diferentes locações pelo mundo, onde também são perseguidos pelo assassino Deckard Shaw (Jason Statham), que quer vingar a morte do irmão (o vilão do filme anterior).
O duelo entre os personagens de Diesel e Statham é o ponto forte da trama, que se perde quando envolve o grupo de terroristas liderado por Jakande (Djimon Hounsou). Shaw é como uma arma atômica que deixa todos os lugares pelos quais passa em escombros, enquanto Toretto funciona como um paredão blindado.
O personagem de Diesel é um tipo de figura paterna anabolizada, que cuida e vinga os seus, assim como o vilão Shaw. O estoicismo inabalável de Diesel encontra seu contraponto ideal na brutalidade destrutiva de Statham. É uma pena que o embate acabe ofuscado no roteiro hipertrofiado.
Após quase 15 anos de estrada, o adeus de Walker, recriado no filme com ajuda da tecnologia, é um raro momento de suavidade em uma série tão barulhenta.
Confira o trailer de Velozes e furiosos 7: