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O ano mais violento: Disputa por poder em trama vulnerável

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Ricardo Daehn Publicação:03/04/2015 06:01
A corrupção vem à tona no novo filme de J.C.Chandor
 (Paris Filmes/Divulgação)
A corrupção vem à tona no novo filme de J.C.Chandor
A ambientação nos anos de 1980 e o teor de uma queda de inocência, num período idealizado, em que a corrupção inexistia tão abertamente, deixam o novo filme de J.C. Chandor suscetível ao reino das comparações. John Frankenheimer, em O ano da fúria (1991), já tinha demonstrado os tentáculos da máfia alcançando instâncias inesperadas.

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O retrospecto assenta o cinema de Chandor numa dramaturgia adulta, ainda sob duas obsessões de seu cinema: a conquista do poder aquisitivo e o domínio de senso de oportunidade. Uma arma carregada nas mãos de uma criança e o persistente desmantelar da autodefesa entregam a gama de problemas do protagonista de O ano mais violento, o candidato a magnata Abel Morales (Oscar Isaac).

O mercado é duro, num perigo bem real e imediato, mesmo na Nova York pré-terrorismo do enredo. Scarface poderia dar uma ideia da trajetória de Morales, não fosse ele ferrenho adepto da ética. Prazos, funcionários vulneráveis, como Julian (o ótimo Elyes Gabel) e um promotor no encalço (David Oyelowo, de Selma) atordoam Morales. Longe da ambição de renovar um O Poderoso Chefão, o cineasta expõe painel onde "uns roubam outros".

Jessica Chastain, como a mulher do protagonista, Anna, entra para injetar força numa narrativa sem muita energia. Para compensar, há sequências brilhantes, como a da perseguição policial e a aula de "superioridade" imposta a clientes a ser adotada no mundo dos negócios.

Confira o trailer de O ano mais violento:

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