Fabio Porchat estrela filme com pegada sentimental; veja a crítica de Entre Abelhas
No longa, o personagem deixa de enxergar as pessoas que estão perto dele
Ricardo Daehn
Publicação:01/05/2015 06:00Atualização: 30/04/2015 16:06
Pelo enredo, a nova comédia estrelada por Fábio Porchat poderia remeter ao mote de A mulher invisível (2009), mas, às avessas, já que é o protagonista quem fica cego.
Quebrado o estranhamento de ver Fábio Porchat numa levada sentimental, o espectador tem pela frente um filme original, conduzido por Ian SBF (saído da trupe Porta dos Fundos).
Numa pegada de familiaridade com Amores possíveis (2001), outra comédia que trazia Irene Ravache no elenco (aqui, ela interpreta a mãe de Bruno), Entre abelhas tem um roteiro improvável à la Cão sem dono. Pequenas obsessões se juntam à incapacidade de Bruno manter relacionamentos.
Um amigo mulherengo, desbocado e imperfeito, a cargo de Marcos Veras, trata de manter, na medida do possível, Bruno na linha. Com referências cinematográficas que chegam a O homem sem sombra (2000) e algum sarcasmo (âmbito em que o personagem de Luis Lobianco é um achado), Entre abelhas se vale de timing e humor que fogem do corriqueiro.
Um dos agravantes para o problema instalado na trama é o fato de Bruno trabalhar com edição de vídeos (limando, por opção, situações e pessoas). De certa forma, leva isso para a vida.
Condenando um mundo feito de instantaneidade e de idealizações, Ian SBF acerta, com apoios interessantes, como o da inspirada participação de Irene Ravache e uma forte pegadinha emocional, capaz de abater o espectador, de surpresa.
Bilheterias com Porchat
Meu passado me condena: 3,1 milhões
Vai que dá certo: 2,7 milhões
O concurso: 1,3 milhão

Humor não corriqueiro pontua as cenas de Entre abelhas
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Numa teoria amalucada, que faz menção ao sumiço global de um enxame de abelhas, Bruno perde o foco, à medida que muda completamente de perspectivas, numa existência precária. Com percepção menos orgânica da vida, depois da separação de Regina (Giovanna Lancellotti), Bruno padece, inanimado e com os miolos afrouxados.Quebrado o estranhamento de ver Fábio Porchat numa levada sentimental, o espectador tem pela frente um filme original, conduzido por Ian SBF (saído da trupe Porta dos Fundos).
Numa pegada de familiaridade com Amores possíveis (2001), outra comédia que trazia Irene Ravache no elenco (aqui, ela interpreta a mãe de Bruno), Entre abelhas tem um roteiro improvável à la Cão sem dono. Pequenas obsessões se juntam à incapacidade de Bruno manter relacionamentos.
Um amigo mulherengo, desbocado e imperfeito, a cargo de Marcos Veras, trata de manter, na medida do possível, Bruno na linha. Com referências cinematográficas que chegam a O homem sem sombra (2000) e algum sarcasmo (âmbito em que o personagem de Luis Lobianco é um achado), Entre abelhas se vale de timing e humor que fogem do corriqueiro.
Um dos agravantes para o problema instalado na trama é o fato de Bruno trabalhar com edição de vídeos (limando, por opção, situações e pessoas). De certa forma, leva isso para a vida.
Condenando um mundo feito de instantaneidade e de idealizações, Ian SBF acerta, com apoios interessantes, como o da inspirada participação de Irene Ravache e uma forte pegadinha emocional, capaz de abater o espectador, de surpresa.
Bilheterias com Porchat
Meu passado me condena: 3,1 milhões
Vai que dá certo: 2,7 milhões
O concurso: 1,3 milhão
Confira o trailer de Entre Abelhas: