Liam Neeson enfrenta o corre-corre no estreante Noite sem fim
Na atmosfera de alternância entre tensão e redenção se afirma a relação do protagonista com o detetive interpretado por Vincent D'Onofrio
Ricardo Daehn
Publicação:01/05/2015 06:03
A parceria maior do mais recente filme do diretor Jaume Collet-Serra acusa quase um fetiche: outra vez, o astro Liam Neeson enfrenta o corre-corre, no estilo dos anteriores Desconhecido (2011) e Sem escalas (2014). Em Noite sem fim, a voz cavernosa de Neeson antecipa um festival de arrependimentos do personagem central Jimmy Conlon.
Sutileza não é palavra de ordem para Collet-Serra - o que, em se tratando de um filme de ação incessante, não é de todo mau indício. Numa cartada inesperada, há até fuga de carro da polícia. Além de clichês dramáticos, movem a trama situações que envolvem boxe, mercado ilegal de heroína e breves piadinhas infames. A música, supostamente impactante, de Junkie XL (ouvido em 300) também traz fraqueza à parte do filme.
Na atmosfera de alternância entre tensão e redenção se afirma a relação do protagonista com o detetive interpretado por Vincent D'Onofrio. Sem conduta muito coerente, o personagem de Ed Harris, capaz de apunhalar pelas costas, não chega a comprometer. Com talento, Neeson dá algum brilho ao filme.
Confira o trailer de Noite sem fim:
O ritmo acelerado ajuda o roteiro do longa
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Dos erros brotou a relação instável com o filho Mike (Joel Kinnaman), que reserva a expressão "lixo" para se referir ao pai. Tendo feito "coisas terríveis" na vida de crime, Jimmy tem uma dívida, que pagará numa interminável noite, ao estilo de Colateral, de Michael Mann. A noite reservará uma jornada de trégua entre pai e filho, gerada com a morte do pivô Danny (Boyd Holbrook). Sutileza não é palavra de ordem para Collet-Serra - o que, em se tratando de um filme de ação incessante, não é de todo mau indício. Numa cartada inesperada, há até fuga de carro da polícia. Além de clichês dramáticos, movem a trama situações que envolvem boxe, mercado ilegal de heroína e breves piadinhas infames. A música, supostamente impactante, de Junkie XL (ouvido em 300) também traz fraqueza à parte do filme.
Na atmosfera de alternância entre tensão e redenção se afirma a relação do protagonista com o detetive interpretado por Vincent D'Onofrio. Sem conduta muito coerente, o personagem de Ed Harris, capaz de apunhalar pelas costas, não chega a comprometer. Com talento, Neeson dá algum brilho ao filme.
Confira o trailer de Noite sem fim: