Com estrelas no elenco e reviravoltas, Crimes ocultos estreia nos cinemas
Com Tom Hardy, novo longa de Daniel Espinosa está repleto de cenas de investigação
Ricardo Daehn
Publicação:22/05/2015 06:00Atualização: 21/05/2015 13:08
Cidadãos ultrajados, agindo à margem de um sistema ditatorial que, mais do que oprimir, esmaga. É esse contexto nada acolhedor que envolve o exemplar investigador russo Leo Demidov (Tom Hardy, em cartaz também em Mad Max) e a mulher dele, Raisa (Noomi Rapace, do sueco Os homens que não amavam as mulheres), no mais recente filme de Daniel Espinosa (responsável pelo fenômeno sueco Snabba cash).
A origem do enredo é a Ucrânia dos anos 1930, com os mortos a rodo, no Holodomor promovido por Josef Stalin; há uma nova parada, na Berlim de 1945, mas a violência maquinada, ano a ano, culmina na Moscou de 1953. O sangue de crianças está em jogo quando "trágicos acidentes" (como escamoteia a versão oficial) se avolumam, e corpos de jovens aparecem, com órgãos removidos.
Ação contínua, reviravoltas e a perda da identidade do protagonista dão corpo ao filme com roteiro de Richard Price (da série The wire e do filme A cor do dinheiro). "Não existe crime no paraíso" é a sentença recorrente no filme e que demonstra a cega glorificação da unilateral visão stalinista. O sufocar de emoções - e até de raciocínios - está bem disposto na trama. O contato com uma verdade mínima, capaz de enquadrar lógica, passa a ser meta para Leo Demidov, afetado pela corrupção, em instância pessoal.
Em mais uma brilhante interpretação, Gary Oldman retoma a parceria com Tom Hardy, patente em filmes como O espião que sabia demais. No filme, ele vive o general Nesterov, dissuadido a rever posicionamentos radicais.
Num clima de inquisição, espalhado até mesmo no âmbito do seio familiar de Demidov, Crimes ocultos alastra tensões paralelas. Também importantes na criação deste clima estão as marcantes presenças de Vasili, espécie de rival do protagonista, interpretado por Joel Kinnaman (Robocop) e Brodsky (Jason Clarke), um ferrenho defensor da liberdade a qualquer custo.
Confira o trailer de Crimes Ocultos:
Longa é baseado em obra literária de Tom Rob Smith
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Atores no melhor da forma (entre os quais Vincent Cassel e Paddy Considine), uma cooperação internacional de refinada produção com República Tcheca, Estados Unidos, Romênia e Reino Unido envolvidos e o melhor: um thriller de espionagem e homicídios em série bem alinhavado, a partir de obra assinada por Tom Rob Smith.A origem do enredo é a Ucrânia dos anos 1930, com os mortos a rodo, no Holodomor promovido por Josef Stalin; há uma nova parada, na Berlim de 1945, mas a violência maquinada, ano a ano, culmina na Moscou de 1953. O sangue de crianças está em jogo quando "trágicos acidentes" (como escamoteia a versão oficial) se avolumam, e corpos de jovens aparecem, com órgãos removidos.
Ação contínua, reviravoltas e a perda da identidade do protagonista dão corpo ao filme com roteiro de Richard Price (da série The wire e do filme A cor do dinheiro). "Não existe crime no paraíso" é a sentença recorrente no filme e que demonstra a cega glorificação da unilateral visão stalinista. O sufocar de emoções - e até de raciocínios - está bem disposto na trama. O contato com uma verdade mínima, capaz de enquadrar lógica, passa a ser meta para Leo Demidov, afetado pela corrupção, em instância pessoal.
Em mais uma brilhante interpretação, Gary Oldman retoma a parceria com Tom Hardy, patente em filmes como O espião que sabia demais. No filme, ele vive o general Nesterov, dissuadido a rever posicionamentos radicais.
Num clima de inquisição, espalhado até mesmo no âmbito do seio familiar de Demidov, Crimes ocultos alastra tensões paralelas. Também importantes na criação deste clima estão as marcantes presenças de Vasili, espécie de rival do protagonista, interpretado por Joel Kinnaman (Robocop) e Brodsky (Jason Clarke), um ferrenho defensor da liberdade a qualquer custo.
Confira o trailer de Crimes Ocultos: