Brasília-DF,
26/ABR/2024

Longa de Baltasar Kormákur reúne elenco de peso, com Josh Brolin, Jake Gyllenhall e Emily Watson

No drama 'Evereste' o personagem de Gyllenhall se rebela do grupo de escalada e traça rota paralela

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Ricardo Daehn Publicação:25/09/2015 06:08Atualização:24/09/2015 14:39

O diretor islandês retrata destinos de um grupo que pretendia escalar a montanha a 8.848m de altitude ( Reprodução)
O diretor islandês retrata destinos de um grupo que pretendia escalar a montanha a 8.848m de altitude

 

Mesmo quem estiver bem ressabiado com a recente exibição do drama Prova de coragem, no Festival de Brasília, deve dar uma chance para outro título (menos desastroso) que trata de escalada de montanha. Sem o intimismo da produção gaúcha, que também dispunha de personagem prestes a encarar a paternidade, a dramaturgia de Evereste atira para todos os lados e se beneficia de drama de origem verídica.


Depois dos longas Tráfico de órgãos (2010) e Dose dupla (2013), o diretor islandês Baltasar Kormákur retrata destinos de um grupo que pretendia escalar a montanha a 8.848m de altitude. Na figura do moderado aventureiro Rob Hall (papel de Jason Clarke, de A hora mais escura) está o epicentro das desgraças prontas a engolirem os personagens — que, no caso, são muitos.


No longa, há o esmerado trabalho do mesmo diretor de arte de Malévola, fator que talvez até dispensasse o 3D. A zona abordada, entre o Tibete e o Nepal, ganha uma profundidade, contrariando a unilateral dimensão do enredo no qual a exploração comercial da região praticamente fez com que equipes de alpinistas trombassem. Na adaptação, há tanta gente em cena a ponto de se caracterizar uma empatia genérica junto ao público.


A partir de várias linhas de frente, Evereste coloca dramas para integrantes do elenco, ao modelo dos filmes de desastre dos anos 1970. Josh Brolin é o texano Beck (praticamente um morto-vivo); a mulher à espera dele é vivida por Robin Wright; John Hawkes é Doug, um tipo persistente; Emily Watson atua como uma mãe, na base do grupo; e Sam Worthington dá vida a Guy Cotter, fiel amigo de Rob; enquanto Jake Gyllenhall se revela um dissolvente da unidade, comandando expedição paralela à da central.


Enfrentando hostilidades do porte dos 40 graus negativos e de tempestades avassaladoras, os personagens se esbaldam em tensa ação. Contar, hora a hora (como pobre recurso de filme), tanto massacre da natureza traz mais confusão para um roteiro detido em caos real de 1996 e que agrega muitos dados, até mesmo de diversificar localização de escaladas. Desorientado, por vezes, fica o público.

 

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