Novo filme de Tarantino, 'Os oito odiados' reafirma estética do diretor
Violência, sangue, anti-heróis e ousadia voltam à cena no oitavo longa da carreira
Samir Mendes - Diversão & Arte
Publicação:08/01/2016 06:50Atualização: 08/01/2016 10:26
Se você não gosta do trabalho de Quentin Tarantino, é provável que Os oito odiados não o faça mudar de ideia. Mas se você é fã do trabalho do diretor americano, são grandes as chances de satisfação ao sair do cinema. No segundo faroeste da carreira, Tarantino abusa dos elementos pelos quais é conhecido: anti-heróis, diálogos ousados e apresentação de uma estética que flerta tanto com o cinema independente quanto com o mainstream. Além, é claro, de muito sangue e violência.
Perfomance do elenco e trilha sonora original chamam a atenção em Os oito odiados
Se você não gosta do trabalho de Quentin Tarantino, é provável que Os oito odiados não o faça mudar de ideia. Mas se você é fã do trabalho do diretor americano, são grandes as chances de satisfação ao sair do cinema. No segundo faroeste da carreira, Tarantino abusa dos elementos pelos quais é conhecido: anti-heróis, diálogos ousados e apresentação de uma estética que flerta tanto com o cinema independente quanto com o mainstream. Além, é claro, de muito sangue e violência.
A sensação de familiaridade é ampliada pela presença de atores que já deram as caras em outros filmes de Tarantino, como Samuel L. Jackson, Tim Roth e Michael Madsen. Eles se juntam a Demián Bichir, Bruce Dern, Walton Goggins, Kurt Russell e Jennifer Jason Leigh. Os últimos dois interpretam John Ruth, conhecido como O carrasco, e a prisioneira dele, Daisy Domergue, respectivamente.
A dupla, junto ao Major Marquis Warren (Jackson) e ao sulista renegado Chris Mannix (Goggins), tem a viagem até a cidade de Red Rock — onde Ruth pretende coletar sua recompensa por entregar Daisy à Justiça — interrompida por uma nevasca. A solução é o confinamento no Armazém da Minnie, cenário onde se desenrola a trama.
A dinâmica do filme, com personagens enigmáticos que não são quem dizem ser dispostos a matar e a trair, em um cenário único, lembra o primeiro filme de Tarantino, Cães de aluguel. O motivo para a nostalgia pode ser explicado pelas últimas declarações do diretor, que pretende se aposentar após a 10ª obra.
As novidades ficam por conta da belíssima trilha sonora de Ennio Moriconne, veterano do gênero, que já fez músicas para Três homens em conflito, Era uma vez no Oeste, Cinema Paradiso, entre outros, e foi o responsável pela primeira composição original para um filme de Tarantino; e da atuação de Jennifer Jason Leigh, que na primeira colaboração com o diretor rouba a cena pela resiliência demonstrada, apesar das difíceis circunstâncias em que se encontra.
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