Continuação de Branca de Neve não supera clichês e é bastante previsível
Com roteiro fraco e diálogos piegas, continuação da saga não decola
Algumas produções já mostraram que contos de fada podem ser adaptados de maneira original e eficaz. Infelizmente, não é o caso de O caçador e a rainha de gelo, sequência de Branca de neve e o caçador. O longa não supera os clichês do gênero e apresenta um roteiro fraco e previsível. Como as atuações regulares não são capazes de segurar o filme, a história, em algumas partes, se torna bastante arrastada.
É interessante observar que não há defeitos técnicos muito graves no filme. A fotografia é bem-feita, os efeitos não prejudicam. Até porque não se corre risco nenhum. E talvez isso, aliado ao enredo ruim, é que seja o maior problema. São duas horas que não despertam amor nem ódio, só um pouco de tédio.
A ausência de Kristen Stewart, a Branca de Neve, causa estranheza. A atriz se recusou a participar do filme e é incômodo que citem tanto a princesa e seu reino, mas ela nunca apareça. Chris Hemsworth (impossível não se lembrar de Thor) é, sem dúvida o destaque de todo o longa, mas é responsável também por algumas das falas mais piegas sobre o amor.
O amor, por sinal, é outro problema do filme. A vilã Rainha do Gelo, depois de ter o filho assassinado, recusa-se a acreditar que possa existir qualquer relação de afeto e cria um exército formado por crianças roubadas da família. A partir daí, as falas sobre o tema se dividem em um maniqueísmo bobo e raso: ou amor é cruel ou o amor vence tudo.