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25/ABR/2024

Filme Angry birds promete agradar todas as idades

Piadas para todas as idades pontuam longa que promete estourar nas bilheterias

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Ricardo Daehn Publicação:13/05/2016 06:17Atualização:13/05/2016 13:07
 
 
“Podemos discordar! E daí que pensamos diferente?!”, convenciona um dos protagonistas do filme que, desde já, tem cara de estouro na bilheteria: Angry birds. Se a premissa parece dirigir-se diretamente à situação do Brasil, esqueça. Até há tipos fora de controle, uma sociedade dilapidada e juízes tacanhos, mas toda a ação se passa numa ilha.
 
Inicialmente, o longa até parece A era do gelo, com um passarinho resguardando possível ovo —  tal qual o esquilo com a noz. Mas o humor desse filme dos diretores estreantes Clay Kaytis e Fergal Reilly é bem mais corrosivo. Kaytis foi animador de Frozen: Uma aventura congelante e Reilly fez storyboard de O bicho vai pegar. Quem rouba a cena, porém, é Jon Vitti, o mesmo criador do roteiro de Os Simpsons: O filme.
 
De cara, uma série de esquetes trata de apresentar a falta de paciência de Red, o raivoso pássaro que terá amizade com Bomba e Chuck, companheiros de terapia. Ao teste médico de reflexo no joelho, para se ter ideia, Red responde com um tapa na cara do doutor. Ao cumprimento “Prazer em te ver...”, Red contra-ataca: “O prazer é todo seu!”.
 
Enquanto as crianças podem se esbaldar no humor imediatista, Angry bird oferta, aos maiores, teor saudosista, com emprego, bem-casado, de músicas como Close to you (The Carpinters), Behind blue eyes (The Who) e Never gonna give you up (Rick Astley). Placas, em inglês, ficam mais visíveis para os adultos, com impropérios como “Eu amo colesterol” (ostentada por um personagem porco) e na citação de Hotel California (do Eagles), quando do surgimento de uma espécie de guru o Mega Águia.
 
Na dinâmica do enredo, o filme ganha caldo: a invasão de navio recheado de porcos verdes (que amam música country) dá vazão à miscelânea de situações absurdas. Com uma crise de ovos instaurada na comunidade aviária, cabe aos pássaros recorrem à sapiência de um mestre eremita. Numa das melhores cenas, ele desponta, colaborando de modo inusitado para manter a consistência do lendário Lago da Sabedoria. É de chorar de rir.

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