Filme 'Marguerite' conta história de cantora iludida
Longa de Xavier Giannoli disputou o prêmio César em 11 categorias
Ricardo Daehn
Publicação:24/06/2016 06:35Atualização: 23/06/2016 17:58
Cantora Marguerite se afasta da realidade por causa de mimos de falsas amizades
Na trama do mais recente filme de Xavier Giannoli, a rica baronesa do título parece testar a máxima “dinheiro traz felicidade?”. O enredo expõe a “brutalmente desafinada” Marguerite que, aspirante a artista, quando canta, segundo más-línguas, “exorciza um demônio interior”.
Tendo disputado o prêmio César em 11 categorias, o filme foi consagrado em quesitos técnicos pela reconstituição dos anos de 1920 e ainda repercutiu, pelo prêmio de melhor atriz reservado a Catherine Frot (Os sabores do palácio).
Cercada de gente aproveitadora, autocomplacente e um tanto isolada, Marguerite é paparicada, a ponto de se afastar da realidade.
Com distanciamento, o diretor Xavier Giannoli aposta num filme hilariante, mas apenas no princípio. Mitômana e patética, Marguerite implode o próprio destino, ao viver a ilusão de alcançar um show dela idealizado para a Ópera Nacional de Paris.
Nessa nova empreitada, tem parte do roteiro convencional amenizado pelo gritante brilho de Catherine Frot.
Também se destacam no elenco o pretenso professor de canto Atos Pezzini (Michel Fau) e o mordomo Madelbous (Denis Mpunga), um aplicado mordomo.
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