Novo filme de Anne Fontaine, 'Agnus dei', usa religiosidade
A diretora de 'Coco antes de Chane'l usa elementos religiosos para falar de sacrifícios e mudanças
Ricardo Daehn
Publicação:15/07/2016 07:30Atualização: 20/07/2016 15:16
Ficaria estranha a tradução do mais recente filme de Anne Fontaine, Agnus dei, caso optassem por "Cordeiro de Deus". Mas é numa acepção de sacrifício que a expressão pode ser notada na obra situada na Polônia de 1945. Independente de título, curioso é ver Anne Fontaine, sempre dedicada a filmes com dose de liberdade e controvérsia, associada a algo sacro. Vale lembrar que ela assinou fitas como Lavagem a seco (1997), em que explicitava ménage à trois, e Nathalie X (2003), sobre uma pesada traição.
Tom certeiro dos atores dá liga ao longa francês
Ficaria estranha a tradução do mais recente filme de Anne Fontaine, Agnus dei, caso optassem por "Cordeiro de Deus". Mas é numa acepção de sacrifício que a expressão pode ser notada na obra situada na Polônia de 1945. Independente de título, curioso é ver Anne Fontaine, sempre dedicada a filmes com dose de liberdade e controvérsia, associada a algo sacro. Vale lembrar que ela assinou fitas como Lavagem a seco (1997), em que explicitava ménage à trois, e Nathalie X (2003), sobre uma pesada traição.
Depois de Amor sem pecado (2013), detido em relação lésbica, a diretora aposta num filme que observa ritos e preceitos (além de lógica peculiar) em ambiente sagrado. A serviço da Cruz Vermelha, a jovem Mathilde (Lou de Laâge, de Respire) é convocada para auxiliar um grupo de 30 religiosas que, afastadas da sociedade, tiveram a redoma quebrada, com consequências devastadoras.
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Narrado em estrutura clássica — ao ponto de um Coco antes de Chanel, feito por Anne Fontaine, em 2008 —, o filme trata de um rescaldo para situação irreparável. Enquanto se esgueira de uma relação mais séria com o colega Samuel (Vincent Macaigne, de Dois amigos), Mathilde experimentará um crescimento interior, capaz de testar as convicções pragmáticas.