Brasília-DF,
23/ABR/2024

Mostra de cinema italiano invade o Espaço Itaú de cinema

'Amor eterno'', 'As confissões' e 'As consequências do amor' estão entre os longas apresentados nesse final de semana

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Publicação:26/08/2016 06:15Atualização:25/08/2016 18:41
O filme 'Meu nome é Jeeg Robot' passa amanhã, às 19h (Reprodução/Internet)
O filme 'Meu nome é Jeeg Robot' passa amanhã, às 19h

A seleção 8 ½ – Festa do Cinema Italiano propõe a renovação da perspectiva do que seja o cinema da terra de Fellini e Pasolini. Meu nome é Jeeg Robot (escalado como atração de amanhã, às 19h) dá uma ideia da proposta. Sozinho e tocado por material radioativo, um rapaz se envolve com gângsteres, abraçando traços de heroísmo idealizados em desenho animado.
 
“A comédia é o gênero que pesa na Itália, seja para tradição, seja pela capacidade de interagir com um público maior mas isso não quer dizer que os cineastas se dedicam principalmente à diversão e ao entretenimento. A comédia pode ter um traço amargo e de forte crítica social. Ultimamente, há uma abordagem muito em voga: a marginalização, seja social, seja étnica, ou sexual. Parece que na Itália já não há um centro, um objetivo comum, uma forma estreita de valores, ou uma ideologia coletiva. Cada um vive a própria diferenciação e a própria exclusão”, observa o diretor do evento, Stefano Savio.
 
Confira alguns destaques da mostra que serão exibidos neste fim de semana.
 
 
Amor eterno
Rei dos dramas de amor —  dos nada carnais ou aos platônicos, o diretor Giuseppe Tornatore é imbatível pela veia sentimental. Aqui, numa trama passada em Edimburgo, o cineasta explora beleza e graça de Olga Kurylenko, musa de Terrence Malick em Amor pleno (2012). Jeremy Irons vive o astrofísico que ameniza a solidão da amada, com mensagens e artifícios epistolares. Leve os lenços. Amanhã, às 21h30.
 

Não seja mau
Diretor bissexto, morto no ano passado, Claudio Caligari deixou como legado uma fita pré-selecionada para a disputa do Oscar. A enxurrada de 14 indicações ao prêmio David di Donatello (o mais importante da Itália) e a passagem pelo Festival de Veneza deixam ainda mais interessante o enredo passado em Ostia e que sacramenta retidão e descaminhos à frente da dupla de amigos Vittorio e Cesare. Envoltos pelo ambiente da marginália, os dois negociam alguma redenção e são muito bem representados pelos atores Luca Marinelli e Alessandro Borghi. Hoje, às 19h.
 
 
Paro quando quero
Em votação italiana para o prestigioso prêmio Globo de Ouro, esse longa do jovem realizador Sidney Sibilia foi considerado a melhor comédia. Sem empregos e algo perdedores, um preparado grupo de pesquisadores universitários é arregimentado para uma tarefa tão improvável quanto dependente de expertise: dar o pontapé inicial em negociatas que cercam a criação de novas drogas. Domingo, às 21h30.
 
 
As confissões
A fita do siciliano Roberto Andò não poderia ser mais atual e focada nas arestas da globalização. Com os países em crise, sob impasse constante, um grupo de governantes se reúne na Alemanha, com a finalidade de se beneficiar de cenário que prejudique a concorrência — leia-se outras culturas e povos. Em meio à hipocrisia, um monge italiano, frequentador dos recintos de tramoias maquiavélicas, se torna uma figura intrigante na trama que alcança o Fundo Monetário Internacional. No elenco, Toni Servillo, Connie Nielsen e Daniel Auteuil. Hoje, às 21h30.
 
 
As consequências do amor
Concorreu em Cannes este filme de 2004 (ainda inédito no Brasil) e que mostra o promissor Paolo Sorrentino, antes do reconhecimento por filmes como A grande beleza e Juventude. Dez indicações ao David di Donatello cercaram a história em que Titta (Toni Servillo), trancafiado num hotel suíço, revolve o passado, ao trocar intenções com a jovem Sofia (Olivia Magnani, filha da neta de Anna Magnani). Domingo, às 19h

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