Baseado em romance de Dan Brown, 'Inferno' segue a fórmula dos anteriores
O longa 'Inferno' é o novo filme com Tom Hanks interpretando o professor Robert Langdon
Dan brown nunca foi um grande escritor. No entanto, o autor de O código Da Vinci criou uma fórmula e narrativas capazes de instigar e conquistar um público gigantesco. Apesar de prender o leitor com muita eficiência, a escrita de Brown nunca foi primorosa, o que fez do cinema um palco eficaz para suas histórias. Depois de O código e Anjos e demônios, agora é a vez do romance Inferno chegar às salas de cinema.
No longa, um bilionário fanático quer diminuir a população da Terra pela metade. Ele acredita que só isso pode salvar a humanidade. Para alcançar o objetivo, ele cria um vírus e, antes de se matar, deixa um enigma para ser decifrado por um seguidor, que liberará a peste. Tudo isso com referências à Divina comédia, de Dante Alighieri (daí o título, Inferno).
Se você já viu algum filme baseado na obra de Brown ou leu algum livro dele, saiba: Inferno é exatamente a mesma coisa. Tudo está lá, em um enredo diferente, mas sempre com os mesmíssimos elementos. Há um vilão, há alguém que muda de lado, há o amor (distante e platônico), há as conspirações e há Tom Hanks com o mesmo penteado esquisito interpretando Robert Langdon.
Confira as sessões de Inferno.
Inferno passa longe de querer reinventar a fórmula de Dan Brown e, na verdade, se aprofunda nela sem qualquer pudor. Há certa honestidade. Em nenhum momento, o filme promete algo além do que é: uma diversão com ares de mistério e história.
Com fotografia eficaz e todo o resto em seu devido lugar, Inferno é, sem dúvida, menos efetivo do que os anteriores, mas ainda assim não é um filme ruim. Por outro lado, fica a impressão de que não há mais nada a se tirar dali e que Robert Langdon precisa se aposentar.