Clint Eastwood decepciona em Sully - O herói do Rio Hudson
O filme, que é baseado em fatos reais, é limitado em camadas dramáticas e só conquista com abordagem sobre a crise do personagem de Tom Hanks
Ricardo Daehn
Publicação:16/12/2016 06:54Atualização: 15/12/2016 17:18
![Tom Hanks dirigido por Clint Eastwood: decepção no longa Sully (Reprodução/Internet) Tom Hanks dirigido por Clint Eastwood: decepção no longa Sully (Reprodução/Internet)](http://imgsapp.df.divirtasemais.com.br/app/noticia_133890394703/2016/12/16/158006/20161215142057410864o.jpg)
Tom Hanks dirigido por Clint Eastwood: decepção no longa Sully
Num trocadilho de cinema, o mesmo Tom Hanks que, em Apollo 13, alarmou a clássica “Houston, temos um problema”, neste Sully: o herói do Rio Hudson bem que poderia soltar um: “Hudson (o rio) será a solução”. Só que ele não tem tempo para brincadeiras — o filme é a adaptação de história verídica de 2009 em que o piloto não pôde pestanejar e improvisou o pouso de um avião com 150 passageiros e cinco tripulantes no rio Hudson.
Em toda a carreira, o diretor Clint Eastwood sempre deu chão para personagens reais, mas todos com muita atitude, casos de J. Edgar, Menina de ouro, Invictus e Sniper americano.
Encurralado, depois de um primeiro momento de celebração como milagreiro e herói, o comandante Chesley Sullenberger (Hanks) demora a ter atitude, ao tempo em que passa por escrutínio da opinião pública.
No voo desastroso, ele perde contato com o radar de comunicação, aciona uma unidade auxiliar de voo e se norteia pelo cálculo impreciso à base do olhômetro.
Veja as sessões de Sully: o herói do Rio Hudson.
Limitado, em termos de camadas dramáticas, o filme ganha apelo, quando, desviando do espetaculoso incidente, o diretor aborda a crise de Sully, tanto psicológica quanto no terreno da família. Ainda assim, o circo midiático e a reprodução da sindicância em torno do caso parecem anêmicas.