Mostra 'Um outro, Eu mesmo' debate gênero e sexualidade
25 películas estarão em cartaz até 13 de fevereiro no CCBB
Rebeca Oliveira
Publicação:20/01/2017 06:00Atualização: 19/01/2017 18:38
Por preconceito ou ignorância, o debate sobre gênero e sexualidade ganha contornos adversos na atualidade, justamente a época em que nunca se falou tanto sobre o assunto. Embora não seja nova, a temática suscita questões que vão de identidades trans ao desigual tratamento entre homens e mulheres. De hoje a 13 de fevereiro, a mostra Um outro, Eu mesmo, no CCBB, promete provocar o público brasiliense a refletir, principalmente, sobre empatia.
'Meninos não choram' é um dos 25 filmes do festival
Por preconceito ou ignorância, o debate sobre gênero e sexualidade ganha contornos adversos na atualidade, justamente a época em que nunca se falou tanto sobre o assunto. Embora não seja nova, a temática suscita questões que vão de identidades trans ao desigual tratamento entre homens e mulheres. De hoje a 13 de fevereiro, a mostra Um outro, Eu mesmo, no CCBB, promete provocar o público brasiliense a refletir, principalmente, sobre empatia.
“O que está em voga, hoje, é uma verdadeira revolução. De uns 10 anos para cá, já não faz muito sentido enquadrar o mundo da forma como enquadrávamos”, acredita o curador Gustavo Galvão. Entre curtas e longas, as 25 películas selecionadas englobam personagens trans, intersexuais, masculinos e femininos sob diferentes perspectivas.
Filmes como XXY discutem o que se chamava de “Hermafrodita”, termo que começa a cair em desuso porque é agressivo e não traduz a realidade. Em Tiresia, o gênero é visto sob uma ótica filosófica. “Há duas etapas do personagem, a feminina e a masculina. Mostra-se como a questão é perene”, diz. Hoje, serão exibidos os curtas Os Sapatos de Ariesteu, Trans, Vestido de Laerte, Spermwhore e Kindil El-Bahir, a partir das 21h. Amanhã, é a vez dos longas Cinco graças e Meninos não choram. No domingo, entram em cartaz Jeanne Dielman e Hedwig – rock, amor e traição.